Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Uma comissão da FIFA (Federação Internacional de Futebol) visitou na tarde de hoje (1º) o Rio de Janeiro, uma das 17 cidades brasileirasque disputam sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014. O grupo, formadopor três pessoas, iniciou a série de visitas no dia 30 de janeiro, emSão Paulo, e já passou pelas três capitais da Região Sul do país.Asinspeções às cidades candidatas se encerram no dia 7 de fevereiro, emFortaleza. Em março deste ano, serão anunciadas as 12 cidades-sede daCopa. A decisão de qual cidade sediará a abertura da competição ou afinal do campeonato só será divulgada depois da Copa de 2010, que serealizará na África do Sul.Depois de um sobrevôo de helicópteropelo Rio de Janeiro, a comissão da FIFA se reuniu com o prefeitocarioca, Eduardo Paes, e com o governador Sergio Cabral para conheceros projetos para o Estádio do Maracanã e para a infra-estrutura domunicípio.A cidade do Rio quer não só figurar como uma das 12sedes, como também pretende sediar o jogo final e ser a base do centrode mídia da Copa 2014. Segundo Eduardo Paes, os investimentos previstospara o Mundial vão beneficiar toda a população do Rio."Ter aCopa e sediar a final da Copa, a sede da FIFA e o centro de mídia noRio de Janeiro vão dar à cidade um conjunto de investimentosimportantes. A Linha 4 do Metrô já está avançando e deve serviabilizada ainda este ano. Estamos trabalhando para viabilizar ocorredor T5 (ligação da Baixada de Jacarepaguá com a zona norte). Oporto do Rio de Janeiro vai ser revitalizado, vai começar no nossogoverno", disse.Outro projeto para a Copa do Mundo é permitiruma parceria público-privada (PPP) para revitalizar e administrar oEstádio do Maracanã. A inclusão do estádio, que foi palco da final daCopa de 1950, no Plano Estadual de PPPs foi assinada hoje pelogovernador do estado, na frente da comissão da FIFA.Além dostrês integrantes da FIFA, participam das visitas às cidades o ComitêOrganizador da Copa de 2014, coordenado pelo presidente da ConfederaçãoBrasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira.Além do Rio deJaneiro, são cidades-candidatas: São Paulo, Porto Alegre, Curitiba,Florianópolis, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Campo Grande, Cuiabá,Rio Branco, Manaus, Belém, Salvador, Recife, Natal e Fortaleza.
Amanda Cieglinski e Amanda Mota
Enviadas Especiais
Belém (PA) - Uma forte chuva afastou boa partedos participantes da última atividade do Fórum Social Mundial (FSM) de 2009, a Assembléia dasAssembléias. Apesar da lama que cobria todo o chão, algumas centenas de pessoasse reuniram em frente ao palco principal da Universidade Federal Rural daAmazônia (UFRA) para ouvir as deliberações das 22 assembléias realizadas pelamanhã.
O FSM não tem uma carta deprincípios ou uma plenária para eleger prioridades após o fim do evento. Os diferentesmovimentos sociais representados no megaevento apresentaram uma síntese dosprincipais assuntos discutidos e parte deles se comprometeu em transformar asreivindicações em mobilização.
As mulheres, por exemplo, pedirama segurança do emprego durante a crise e a legalização do aborto. Também nãofaltaram pedidos pela retirada das tropas israelenses do território Palestino.Já a plenária sobre crise mundial pediu que a Organização das Nações Unidas (ONU)seja a mediadora nas negociações da crise econômica.
Para Aldalice Otterloo, daComissão Internacional do FSM, o saldo do Fórum de Belém é positivo.“Conseguimos aglutinar ações muito importantes nessa construção e trazer para ocentro do debate discussões de minorias, como povos indígenas e quilombolas. AAmazônia realmente entra na pauta das discussões mundiais, porque os povos daregião não vão mais deixar ninguém esquecer o que a agente está debatendo epropondo.”
Em 2010, segundo o presidentedo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), CândidoGriboviski, o FSM será descentralizado e ocorrerá nos moldes de como foirealizado em 2008, com manifestações distribuídas pelo mundo, sem uma basefixa. Já para 2011 o Fórum pode ter como sede a África ou o Oriente Médio.
Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os líderes partidários definiram há pouco, com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), as regras para a eleição de amanhã (2) dos novos dirigentes da Casa. Eles acertaram que a sessão de votação terá inicio às 10h, com um quórum mínimo de 51 deputados. Simultaneamente, o Senado também se reúne para eleger sua nova Mesa Diretora.Abertos os trabalhos na Câmara, poderão ser apresentadas questões de ordem e, em seguida, falarão quatro líderes, representando os blocos partidários, o PP e o PSOL.Pelo chamado blocão, composto por 14 partidos, vai falar o líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), pelo tempo de 10 minutos. Também terá direito a falar, por cinco minutos cada, o líder do PP, que tem como candidato à presidência da Câmara o deputado Ciro Nogueira (PP-PI), o do PSOL (sem candidato) e o do chamado bloquinho que apóia a candidatura do deputado Aldo Rebelo (PcdoB-SP). Depois dos líderes, Arlindo Chinaglia fará um balanço dos dois anos que esteve à frente da Casa. O tempo do pronunciamento do petista não foi definido. Em seguida, logo que o quórum chegar a 257 deputados, terá inicio a ordem do dia para a eleição dos novos dirigentes da Casa para o biênio 2009/2010.Iniciada a ordem do dia, cada um dos quatro candidatos à presidência – Michel Temer (PMDB-SP), Ciro Nogueira (PP-PI), Aldo Rebelo (PcdoB-SP) e Osmar Serraglio (PMDB-PR) – terá direito a falar 15 minutos. A ordem das manifestações será decidida amanhã em sorteio.Assim que encerrar os pronunciamentos, começará o processo de votação para a escolha dos dirigentes da Casa.Antes, a votação na Câmara estava prevista para começar às 12h, mas os líderes decidiram alterar o horário, o que irritou Rebelo. Ao saber da mudança, ele protestou:. "Se os líderes haviam decido que a votação seria às 12 horas e resolveram antecipar, só pode ser por receio de perder, ou porque preferem realizar a votação com quórum baixo".Para Rebelo, ao fazer essa "manobra" de antecipar o horário de votação, as lideranças que apóiam Temer mostram que têm medo de perder a eleição. Como o horário de início da sessão estava prevista para as 12h, reclamou o comunista, muitos deputados marcaram seus vôos para amanhã de manhã. Segundo ele, a maioria dos deputados ainda está em seus estados e o novo horário poderá fazer com que muitos não votem.Mesmo já estando já definido o horário da sessão e as regras para o processo eleitoral, alguns partidos ainda vão definir na noite de hoje os nomes dos seus candidatos para a disputa em Plenário. Entre esses partidos, estão o DEM, que pela regra da proporcionalidade tem direito à segunda vice-presidência da Casa, que acumula o cargo de corregedor, e o PR, que tem direito a indicar um representante para disputar a segunda Secretaria.
Luana Lourenço
Enviada Especial
Belém (PA) - Depois de seis dias deprogramação, o Fórum Social Mundial (FSM) chegouao fim hoje (1°) com “novas inspirações” parabuscar um outro mundo possível. A avaliação édo sociólogo e membro do Conselho Internacional do FórumSocial Mundial Cândido Grzybovski, que participou de entrevistacoletiva ao lado de movimentos sociais para apresentar um balançoda reunião internacional.“Terminamos a semanacom um cansaço cívico e cidadão, com novasinspirações, renovados na busca de um outro mundo”,afirmou.Para Grzybovski , arealização do evento em Belém tornou esta ediçãoum marco para o FSM pelas relação “entre a Amazôniae a utopia” e pela crise que “enterrou” o FórumEconômico Mundial, que ocorreu simultaneamente em Davos, naSuíça. “Ocupamos um enorme vazio na agenda mundial”.O número departicipantes superou as previsões da organização,que eram de 120 mil pessoas, e chegou a 133 mil. Entre eles 1,4 milquilombolas e 1,9 mil indígenas, a maior participaçãodesses segmentos em todas as edições do FSM, segundo Grzybovski.Representante daslideranças indígenas, o peruano Mario Palacios disseque o FSM foi importante para dar protagonismo aos povos da florestae comunidades tradicionais. “Há uma alternativa a essa crisecivilizatória, climática, energética. Concluímosque outro mundo é possível e está nos povosindígenas. Somos atores políticos vivos, nãosomos a parte folclórica da democracia”.Palacios tambémanunciou a realização do 5º Fórum SocialMundial Pan-Amazônico, aprovada em assembléia durante amanhã. A participaçãode comunidades indígenas também foi lembrada pelarepresentante do movimento negro, Nilma Bentes. “O Fórumabriu possibilidade para que o movimento negro estreitasse relaçãocom o movimento indígena”. Pela primeira vez, segundo Nilma,as questões raciais foram pautadas em um FSM comoreivindicavam os movimentos sociais.O ativista palestinoJamal Juma, coordenador do movimento Stop the Wall, agradeceu arecepção do Fórum à causa palestina edisse que a reunião foi uma oportunidade de apresentar aomundo o que chamou de apartheid israelense. “Nesta hora emque testemunhamos o massacre do povo de Gaza, o Fórum éuma plataforma para mostrar a luta do povo palestino. Queremos pedirapoio do Comitê Internacional para forçar Israel acumprir leis internacionais”.Em 2010, o FórumSocial Mundial vai ocorrer de forma descentralizada, sem uma cidadesede. Para 2011, a África e o Oriente Médio sãoos prováveis candidatos, mas os Estados Unidos tambémpodem estar na lista, segundo Grzybovski.Uma agenda mundial demobilizações também foi anunciada hoje pelarepresentante do Fórum Social Europeu, a italiana RafaelaBolini, e inclui protestos durante a reunião do G-8, em maio,na Itália, durante a Conferência da Organizaçãodas Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas,em dezembro, na Dinamarca, e até no aniversário de 60anos da Organização do Tratado do Atlântico Norte(Otan), em abril.
Luana Lourenço
Enviada Especial
Belém (PA) - O sociólogo emembro do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial (FSM) Cândido Grzybovski rebateu hoje (1°) as críticas deque o megaevento deveria abrir espaço para maior participaçãodos governos no debate sobre um outro mundo possível. “Nósnão demos as costas para os governos. A cidadania nunca deu,sempre votou, nós que damos mandatos a eles. Mas aqui no nossoevento, no nosso território, eles têm que se submeter àsnossas regras, à nossa lógica”.O FSM éorganizado por movimentos sociais e organizaçõesnão-governamentais e os governos participam eventualmente comoconvidados.Grzybovski defendeu aCarta de Princípios do FSM, formulada em 2001, segundo a qualgovernantes e partidos não são partes do evento. Noentanto, disse que o FSM está aberto para recebê-los,inclusive para cobrar ações em resposta àsdemandas apresentadas pela sociedade civil durante os debates.“Aqui é umevento de cidadania. Nós podemos trazê-los para ver seeles são responsáveis nos mandatos que lhes conferimos.Esse foi, inclusive, o sentido do ato que fizemos com ospresidentes”, afirmou, em referência ao debate realizado naúltima quinta-feira (29), no FSM, entre os presidentes LuizInácio Lula da Silva, Hugo Chávez (Venezuela), FernandoLugo (Paraguai), Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia).
Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O deputado Brizola Neto(PDT-RJ), neto do ex-governador Leonel Brizola, foi escolhido hoje(1º) líder da bancada do PDT na Câmara. Oparlamentar vai ficar na liderança do partido pelos próximosseis meses e depois será substituído pelo deputadoDagoberto (MS). Brizola Neto substitui na liderança o deputadoVieira da Cunha (RS).Os dois novos líderesreafirmaram o apoio da bancada do PDT à candidatura dodeputado Michel Temer (PMDB-SP) à presidência da Câmara.Na mesma reunião,a bancada do PDT escolheu o deputado Giovanni Queiroz (PA) para sercandidato à suplência da Mesa Diretora da Câmara.O partido tem direito, pela regra da proporcionalidade, a uma vaga nasuplência.
Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) libertaram hoje (1º) quatro reféns que estavam em poder da guerrilha desde 2007. De acordo com a agência argentina Telam, os três policiais e um soldado foram soltos em um ponto da selva ao sul do país. Helicópteros e soldados do Exército Brasileiro participaram da operação de resgate, junto com representantes da Cruz Vermelha e delegados colombianos. Para a libertação de Walter Lozano, Juan Galicia, Alexis Torres e William Dominguez, o governo da Colômbia ordenou que fossem suspensas as operações militares na região desde ontem (31). Em dezembro as Farc anunciaram que iriam soltar seis seqüestrados. Os outros dois, o ex-governador do departamento de Meta Alan Jara e o ex-deputado regional do departamento de Valle del Cauca Sigifredo Lopéz devem ser libertados a partir de amanhã. Por causas das fortes chuvas, ainda não se sabe se os libertados serão levados ao departamento de Villavicencio, onde estão seus familiares, ou a Florencia, de onde partiram os helicópteros brasileiros. Em seguida, eles serão levados à Bogotá para atendimento médico.
Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Representantes dos setepartidos que apóiam o senador Tião Viana (PT-AC) àpresidência do Senado reuniram-se há pouco e garantiramque o petista pode vencer amanhã com um vantagem de cincovotos. O líder do PSDB no Senado, Artur Virgílio (AM),disse que o placar da votação de amanhã poderáser de 43 votos para Tião Viana contra 38 de JoséSarney (PMDB-AP).“O meu partido nãotem perfil de traição e dará, no mínimo,11 votos a Tião Viana”, disse Virgílio, prometendouma punição no caso de senadores tucanos que votarem emSarney. O senador Papaleo Paes (PSDFB-AP) afirmou na últimasemana que não seguirá a orientação dopartido.“Meu partido quer umcargo apenas: o do presidente Lula. E isso será nas urnas.Apoiamos o Tião Viana sem pedir nada”, acrescentou Virgílio.O senador JarbasVasconcelos (PMDB-PE) disse que quatro ou cinco senadores devem votarem Tião Viana e não no candidato do partido, JoséSarney. Para ele, o petista pode ter até quatro votos devantagem na disputa de amanhã.
Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A AssociaçãoBrasileira Interdisciplinar de Aids (Abia), uma organizaçãonão-governamental (ONG) do Rio de Janeiro, informou, por meiode sua assessoria de imprensa, que vai pedir esclarecimentos àFundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre o preço doEfavirenz. A versão genérica do medicamento, um dos 17que compõem o coquetel anti-aids, começou a serproduzido esta semana no Brasil, e será vendido ao Ministérioda Saúde por R$ 1,35 a unidade. O preço é poucomais elevado do que o governo brasileiro pagava até entãopara importá-lo do laboratório indiano Ranbaxy, aocusto de US$ 0,46, cerca de R$ 1.Até dois anosatrás, o governo brasileiro pagava cerca de US$ 1,56 porcomprimido para o laboratório americano Merck, que detinha apatente do produto. Com o licenciamento compulsório, decretadopelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, em2007, o país começou a importar a droga da Índica.Segundo o diretor doInstituto de Tecnologia de Fármacos (Farmanguinhos), ligado àFundação Oswaldo Cruz, Eduardo Costa, a produçãonacional do Efavirenz fortalece não só o sistema desaúde do país, que fica resguardado de variaçõesno mercado internacional, mas também a infra-estrutura depesquisa e a área industrial.“Pensar apenas nopreço é um raciocínio muito primitivo do pontode vista econômico, porque se comprarmos de outro país,embora pagando pouco menos, esse produto importado entra no paíssem gerar imposto, com autorização de fora, sem passarpelo crivo da Anvisa, e sem criar emprego nenhum”, destacou.Já o diretor doGrupo pela Vidda no Rio de Janeiro, outra ONG que atua na defesa dosdireitos de pessoas com aids, René de Almeida, acredita que oinício da produção nacional pode facilitar oacesso ao medicamento, que é distribuído gratuitamentepelo Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacionalde DST/Aids.Almeida cobrou, noentanto, que os recursos economizados pelo país desde a quebraa patente do medicamento, no ano passado, sejam revertidos paraoutras áreas da saúde. “É um avançomuito grande para quem convive com a aids e tem pressa para receberos medicamentos. Mas o governo deve investir mais em pesquisa e nodesenvolvimento de outros medicamentos.” A primeira entrega aoMinistério da Saúde, com 2,1 milhões decomprimidos, está prevista para a segunda quinzena defevereiro. Atualmente, cerca de 185 mil pessoas no Brasil estãoem tratamento contra a aids. Delas, 85 mil tomam o medicamento. Alémda produção do Efavirenz, a Fiocruz já estuda apossibilidade de produzir medicamentos genéricos do Tenofovir,outra droga que compõe o coquitel anti-aids.
Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os líderes dos partidos que formam o grande bloco de apoio à candidatura de Michel Temer à presidência da Câmara dos Deputados se reuniram hoje (1º) em um almoço na casa do líder do PR, deputado Luciano Castro. Na confraternização, os deputados reiteraram que vão votar em Temer. “Estamos contando com mais de 300 votos, mesmo considerando possíveis perdas. Vamos ganhar no primeiro turno”, afirmou o líder do PR. Sobre a recuperação da imagem negativa do Congresso perante a opinião pública depois dessas eleições, Michel Temer disse que os deputados são mal interpretados muitas vezes. “Vamos trabalhar para que a população compreenda melhor as ações dos deputados”, afirmou o candidato. As eleições na Câmara acontecem nesta segunda-feira (2), logo após as eleições para a mesa diretora do Senado.