Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Em uma nota de apenas dois parágrafos, aPetrobras contestou as informações da Federação Única de Petroleiros de que agreve da categoria, principalmente a do Sindipetro do Norte Fluminense, estariaprejudicando a produção de petróleo e gás natural.Sem se referirespecificamente à Bacia de Campos, a nota informa que, em relação a paralisaçãode 48 horas decidida para esta quinta (17) e sexta-feira (18) pela FUP, em nívelnacional, não houve prejuízos para a produção de petróleo e derivados daPetrobras, que não foram afetadas pelo movimento e que as unidades funcionamnormalmente.A Petrobras lembrater apresentado aos sindicatos dos petroleiros de todo o país, no último dia 9,proposta de pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2007. Aproposta, repete a empresa, obedece ao limite máximo determinadopelos órgãos de controle. A companhia continua aguardando posicionamento dostrabalhadores sobre a proposta.Sobre a afirmação da FUP de que a greve dospetroleiros do Norte Fluminense estava prejudicando a produção de gás, a Petrobrasinformou à Agência Brasil que tantoa produção de petróleo, quanto a de gás estavam dentro da normalidade.Antes da nota divulgada pela Petrobras, a AFederação Única dos Petroleiros havia contestado, em comunicado, informações da estatal de que a greve dos petroleiros não está prejudicando a produção depetróleo e gás natural. No comunicado, a FUP informaque o movimento tem adesão de 33 das 42 plataformas da Bacia de Campos, e que,além dos 500 mil barris de petróleo que deixaram de ser produzidos nasprimeiras cinco horas da deflagração do movimento - antes das equipes decontingência assumirem os trabalhos -, a produção de gás natural estava “consideravelmentereduzida”.Segundo a FUP, no Terminal deCabiúnas, em Macaé (RJ), estão paralisadas as unidades de processamento de gásnatural e de refrigeração de gás natural, além de ter sido reduzido o volume delíquido de gás natural enviado à Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na BaixadaFluminense.A categoria mantém o indicativode greve nacional a partir do próximo dia 5, com paralisação da produção e dorefino em todo o país, se não houver avanço nas negociações sobre o valor dopercentual a ser pago aos petroleiros na forma de participação nos lucros eresultados da companhia.