Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A divulgaçãopara imprensa do áudio de reunião entre membros daPolícia Federal, feita hoje pela instituição emBrasília com o objetivo de comprovar que o delegado ProtógenesQueiroz está deixando o inquérito da OperaçãoSatiagraha por vontade própria, não foi bem recebidapelo Sindicato dos Delegados da Polícia Federal em SãoPaulo. Na avaliação da entidade de classe, o gesto foidesnecessário e ruim para a imagem da PF, que possui umtrabalho destacado no combate ao crime organizado. “Divulgar essagravação é uma atitude ridícula, empéssima hora, que expõe muito mais a instituição.Pegaram um caminho muito ruim que não resolve nada e sódá margem a mais ilações. Foi de mau gosto, umamadorismo gritante”, afirmou o presidente do sindicato, AmauryPortugal. Segundo Portugal, oassunto já deveria ter sido resolvido internamente, bastandoque os delegados afastados oficializassem junto ao própriosindicato as razões do afastamento, isentando a administraçãoou dando outros motivos. O dirigente sindicalnão descarta que o silêncio do delegado ProtógenesQueiroz sobre o afastamento seja consequência de pressões:“Se ele [Queiroz] não está aparecendo, deve ter algummotivo. Mas respeito, porque talvez o que ele pode falar seja o que aadministração não quer ouvir”.