Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os promotores deJustiça Jorge Magno e Bruno Stibich alertaram hoje (17) para apossibilidade de conflitos entre as milícias dacidade para demarcação de áreas de atuação.Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI) das Milícias, na Assembléia Legislativa do Rio(Alerj), os promotores chamaram a atenção para opoderio econômico e político das milícias.“O poder econômicodesses grupos diz respeito ao controle de vans e do gás e àextorsão direta dos moradores com a cobrança daschamadas taxas de segurança”, afirmou o presidente da CPI,deputado Marcelo Freixo (P-SOL), que considerou “muito fortes” osdepoimentos de hoje. Agora, as milícias começam a tertambém “braços políticos”, disse Freixo. De acordo com odeputado, Jorge Magno e Bruno Stibich disseram que os grupos demilicianos já fazem um controle eleitoral nos bairros de CampoGrande e Santa Cruz, onde atuam. Por isso, os promotores acreditamque tais grupos podem vir a ter representantes no Legislativo, tantomunicipal, quanto estadual e federal, acrescentou Freixo.Ele informou que, empouco mais de duas semanas, o Disque Milícia, um serviçoda Alerj, recebeu mais de 300 denúncias de todo o estado sobrea existência desse tipo de organização. Alémdos locais de atuação já conhecidos, como aszonas norte e oeste do Rio, existem informações sobregrupos de milicianos em 13 municípios fluminenses. O telefonedo Disque Milícia é 0800-2820376.A CPI das Milíciastem o objetivo de formular propostas de políticas públicascontra esse tipo de organização criminosa.