Procurador afirma que Cacciola fugiu ilegalmente pela fronteira do Brasil com o Paraguai

17/07/2008 - 18h38

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O procurador regional da República Artur Gueiros, representante do Ministério Público Federal no caso de Salvatore Cacciola, afirmou hoje (17) que oex-banqueiro estava foragido da Justiça, sim, ao contrário do que disseram oministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e o próprioCacciola, que alega que saiu com passaporte oficialmente do Brasil.SegundoArtur Gueiros, Salvatore Cacciola respondia a um processo por crimes graves, epor isso, não poderia se afastar do país sem autorização judicial. Gueirosexplica que a afirmação do ex-banqueiro não tem cabimento já que um réu devepedir autorização do juiz do caso para viajar quando responde a um processo,independente do destino. "Segundo o senhor Cacciola, nolivro que ele publicou, ele fugiu do Brasil pelo Paraguai e foi para a Argentina,e da Argentina ele foi se esconder na Itália, até ser encontrado em Roma. Então,não é tecnicamente correta essa afirmação, até porque, volto a dizer, que eleconfessa no livro que fugiu pelo Paraguai e não pelas fronteiras legais", disse o procurador.Os advogados de Cacciola reafirmaram que o réu não fugiu edisseram que o que consta no livro publicado por ele não é verdade. A defesaalega que Salvatore Cacciola teve, inclusive, uma liminar do Superior Tribunal deJustiça (STJ), quando saiu do país. Para enfatizarem a coerência de suas afirmações,lembraram a posição do próprio ministro Joaquim Barbosa.O Ministério Público Federal defende a continuidade da prisão de Cacciola. Oprocurador acredita que os pedidos de habeas corpus já pedidos pelos advogadosdele não serão obtidos, devido ao comportamento do ex-banqueiro, uma vez que elenão respondia normalmente a seus processos. No principal deles, SalvatoreCacciola foi condenado à revelia a 13 anos de prisão.