Caminhos da Reportagem mostra ascensão social de classes menos favorecidas

17/07/2008 - 18h49

Da Agência Brasil

Brasília - O programa Caminhos da Reportagem, que vai ao ar toda quinta-feira na TV Brasil, às 22h, tem como tema hoje (17) “A Revolução da Classe C” no Brasil.Duas grandes reportagens vão mostrar como uma parte dos 20 milhões de brasileiros deixou as classes D e E nos últimos dois anos, e também outro grupo de pessoas, aquelas que ainda não se beneficiaram da estabilidade econômica e ainda dependem de programas sociais do governo.O Caminhos da Reportagem é um programa dedicado ao debate e à reflexão de temas ligados ao cidadão.Para desenvolver o programa desta quinta, uma equipe encabeçada pela jornalista Gislene Nogueira foi às cidades de Luiz Eduardo Magalhães e de Salvador, na Bahia, e outra, tendo à frente a repórter Eliane Gonçalves percorreu o bairro Jardim Ângela, na zona leste paulista. A primeira equipe vai mostrar locais em que houve grande expansão da classe C e a segunda, casos de famílias que não fazem parte da faixa considerada a "entrada para a sociedade de consumo”.O gerente do Núcleo de Programas Especiais da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Vinicius Doria, destaca que a classe C é chamada de entrada para a sociedade de consumo porque “são brasileiros que têm renda e capacidade de endividamento” apesar de seu poder aquisitivo ainda ser baixo. “Vamos mostrar quem são, onde moram e o que sonham esses cidadãos”, explicou. Segundo Doria, a classe C corresponde à metade da população do país, são 86 milhões de pessoas.A cidade de Luiz Eduardo Magalhães foi escolhida por ser considerada a nova fronteira agrícola do Cerrado brasileiro e, dentre os municípios emancipados nos últimos 10 anos, foi a que teve o maior crescimento da classe C. Já a capital baiana se destaca porque os setores da construção civil e imobiliário conseguiram chegar a essa faixa da população, com o lançamento de projetos imobiliários mais baratos. “Como nem tudo são flores”, acrescentou Doria, “ainda temos um número considerável de famílias fora da sociedade de consumo. As classes D e E somam a fatia de 39% da população brasileira, por isso a reportagem foi ao Jardim Ângela, em São Paulo. Boa parte da população do bairro pertence às essas classes D e E. “E ainda depende de programas compensatórios dos governos estadual e federal”, disse Doria.Os dados do programa têm como base a última pesquisa do Instituto Ipsos, sobre o comportamento das classes econômicas do país.