Cidade do Rio tem apenas um terço do número de conselhos tutelares necessários

13/07/2008 - 18h27

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A cidade do Rio deJaneiro, com 6 milhões de habitantes, possui apenas dezconselhos tutelares, quando deveria ter no mínimo 30 unidades– uma para cada 200 mil habitantes, de acordo com uma resoluçãodo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente(Conanda).Os conselhostutelares da cidade funcionam ainda com uma infra-estrutura precária, segundo apresidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança eAdolescente do Rio de Janeiro, Vânia Farias."A infra-estruturado conselho tutelar é muito frágil. Faltam impressorase computadores, por exemplo. Nem todos funcionam em locais adequados.Infelizmente, os conselheiros tutelares não têmcapacitação continuada. E essa profissão precisade muita capacitação porque as demandas da cidadesão grandes e diversas", afirma Vânia Farias.Nãoexiste um dado confiável sobre o número e a qualidadede atendimentos realizados pelos conselhos tutelares na cidade do Riojustamente por uma questão de infra-estrutura. Os conselhos dacidade não estão ligados ao Sistema de Informaçãopara a Infância e Adolescência (Sipia), que é umsistema nacional da Secretaria Especial dos Direitos Humanos pararegistro e tratamento de informações, onde osconselheiros deveriam lançar dados para servir de subsídiona deliberação de políticas públicas anível nacional."Os números que nos chegam sãomuito inconstantes. Não conseguimos ter um acompanhamentoideal do que deveria ser. Tem conselho, como o de Ramos, que chega ater 40 atendimentos por dia", diz Vânia Farias.As principais violaçõesque chegam aos conselhos tutelares do Rio são ligadas àviolência doméstica e ao abandono, segundo VâniaFarias.