Petrobras nega perda de auto-suficiência e projeta superávit comercial de US$ 500 milhões

07/07/2008 - 21h28

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O diretor de Abastecimento eRefino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, negou hoje (07), no Rio, que opaís tenha perdido a auto-suficiência na produção de petróleo e afirmou que aestatal deverá fechar o ano com saldo de cerca de US$500 milhões em sua balança comercial.Ao falar duante o lançamentoda segunda fase do Programa Nacional de Expansão e Modernização da Frota de Petroleiros (Promef II), Costa esclareceu que nos primeiros quatro meses do anoo saldo foi negativo em razão do crescimento da demanda por óleo diesel, emdecorrência da expansão da economia, da maior necessidade de despacho por partedas usinas termelétricas movidas a óleo combustível e também da expansão daagricultura.“No segundo semestre, com o aumento da produção nacional depetróleo e de diesel, além da mistura de 3% de biodiesel ao diesel, a tendênciaé de elevação das exportações e redução das importações”, disse Costa. A balança comercial de líquidos da Petrobras nos primeiroscinco meses do ano (petróleo e derivados) foi, segundo Costa, positiva emvolume em 91 mil barris/dia, embora negativa em valor (cerca de US$ 641milhões).O executivo adiantou que, com aentrada em operação de cinco plataformas e de novos poços nas cincoplataformas que entraram em produção no ano passado, haverá maiordisponibilidade de petróleo nacional para exportação.Mas a Petrobras – ressaltou – quer é ser uma grandeexportadora de derivados, em futuro próximo. “Estamos construindo, até 2016, cinco novas unidades derefino, das quais duas serão de grande porte e voltadas principalmente paraexportação”, afirmou.Além do aumento da produção de óleo, amodernização das refinarias também contribuirá de forma decisiva para que o paísreverta o quadro atual e feche 2008 superavitária em sua balança em torno dos US$ 500 milhões, “embora seja ainda cedo paraprevisões dessa natureza”, admitiu. Mas a  Petrobras,  ressaltou,  quer  é ser uma grande exportadora de derivados, em um futuro próximo. Estamos  construindo,até 2016, cinco novas unidades derefino, das quais duas serão de grande porte e voltadas principalmente paraexportação”, afirmou.Sobre a questão da auto-suficiência, o diretor informou queela está mantida, uma vez que a produção nacional atual hoje é de cerca de 1,86milhão de barris de petróleo por dia, contra um consumo de cerca de 1,7 milhãode barris/dia.