Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Dívida Pública Federal do País (DPF), convertida emtítulos e composta pelas dívidas interna e externa, somou em maio R$ 1,337trilhão, contra R$ 1,318 trilhão em abril. O aumento foi de 1,43%.
Houveacréscimo na soma do estoque das duas dívidas de R$ 18,9 bilhões, motivado pelopagamento de juros e pela emissão de títulos, embora isoladamente a dívidaexterna tenha caído em 2,04%. A dívida interna somou em maio R$ 1,239 trilhão e a dívida externa R$ 97,6 bilhões.
Ao divulgar os números relativos à dívida pública, a Secretaria do Tesouro Nacional, doMinistério da Fazenda, informou, por meio de relatório, que os vencimentos dos próximos 12 meses aumentarampara 26,62% do montante total, pelos cálculos demaio. Em abril, os vencimentos em 12 meses se situavam em 25,37% do montantetotal da DPF.De forma isolada, a dívida públicainterna assume, em maio, o compromisso de resgate, nos próximos 12 meses, de28,3% do seu estoque total, enquanto em abril venceriam, em 12 meses, 27,01% do total. A dívida externa do país, por sua vez, terá5,35% do total a vencer em doze meses. Os títulos subscritos em dólarsão responsáveis por 69,52% desse montante. Os vencimentos acima de cinco anos respondempor 67,05% do estoque da dívida externa. De acordo com o Tesouro Nacional, oprazo médio das dívidas interna e externa reduziu-separa 41,17 meses em maio, quando em abril a amortização estava prevista para41,65 meses. O prazo médio da dívidainterna teve redução de 0,42 mês, passando de 39,26 meses em abril para 38,84meses em maio.Já o prazo médio da dívida externapassou de 70,99 meses em abril para 70,72 meses em maio, tendo em vista “aaproximação natural dos vencimentos, compensada em parte pela reabertura doGlobal 2017". A explicação refere-se à última emissão de títulos da dívida externa feita pelo Brasil,logo após a agência Standard & Poors ter concedido a classificação de país propíciopara investimentos. O custo médio mensal dos títulos dasduas dívidas teve aumento de 12,03% em maio, contra 11,71%em abril, o que é explicado pelo Tesouro Nacional com o aumento no custodos títulos indexados aos índices de preços. Assim, de forma isolada, a dívida internaaumentou a expectativa de custo médio anual, em maio, de 14,2%, contra 12,3% estimados em abril. A razãodisso foi a elevação de 0,79% registrada no IPCA (que em abril era de 0,55%), e de1,61% no IGP-M (que em abril foi de 0,69%). O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o medidor oficial da inflação no país e o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) é uma das versões do Índice Geral de Preços e registra a variação de preços de matérias-primas agrícolas, industriais, além de bens e serviços finais.