Débora Xavier
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Micro, pequenas e médias empresas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste que estejam empenhadas no desenvolvimento tecnológico de produtos ou em processos para aumentar a competitividade por meio da inovação, do adensamento tecnológico e da dinamização das cadeias produtivas poderão ter seus projetos financiados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Os recursos, no total de R$ 10 milhões, foram anunciados hoje (12) pelo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cinetífico e Tecnológico (CNPq), Marco Antônio Zago.Os projetos podem ter o valor máximo de R$ 300 mil e a contrapartida das instituições proponentes deverá corresponder a cerca de 50% do valor proposto no projeto. A iniciativa, denominada Recursos Humanos em Áreas Estratégicas permite colocar pesquisadores empresas públicas ou privadas (Rhae). "O principal instrumento do programa são as bolsas de natureza tecnológica. Não são bolsas para pesquisas científicas, mas para o melhoramento tecnológico, desde da iniciação tecnológica industrial até o desenvolvimento industrial completo”, afirmou Zago. O programa privilegia fundamentalmente a transferência de conhecimentos da área acadêmica para a área industrial no desenvolvimento de novos  processos e de produtos.Zago explicou que o Rhae tinha R$ 30 milhões a serem empregados este ano. "Destinamos R$ 20 milhões a serem empregados na sua forma tradicional, isto é, por meio de um edital nacional. O restante foi separado somente para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, para intensificar o desenvolvimento nessas áreas. Em vez de fazermos a seleção, fizemos um convênio com 14 fundações estaduais de apoio à pesquisa". Segundo ele, a exigência de contrapartida fará com que o montante de recursos seja redimensionado. “Então, nosso programa total vai ter R$ 35 milhões, sendo R$ 20 milhões em edital nacional e R$ 15 milhões nesse convênio assinado hoje com as 14 instituições", disse. "As vantagens são aumentar a nossa capacidade de investimento e reforçar os sistemas estaduais de ciência e tecnologia”.Outro anúncio feito pelo presidente do CNPq foi a liberação de mais R$ 50 milhões para projetos de pesquisa básica."A elaboração do edital universal está sendo finalizada. Neste ano foram colocados R$ 100 milhões. Recebemos a demanda de 15 mil projetos que requisitavam R$ 700 milhões para a execução. Isso foi analisado e chegamos à conclusão de que são projetos de boa qualidade. Com o acréscimo de R$ 50 milhões, que serão liberados imediatamente, o que era uma ação de R$ 100 milhões  ficou com R$ 150 milhões”, disse Zago.