Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A proposta apresentadapelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), nãodissuadiu a oposição de tentar votar ainda nesta madrugada aprorrogação da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF).No Plenário, Jucá leu uma carta em que os ministros da Fazenda, GuidoMantega, e de Relações Institucionais, afirmam que o governo “respaldará um acordo parlamentar quedirija valores correspondentes de CPMF que não sãodirigidos hoje para a saúde para que passem a sê-lo apartir de 2008, de forma progressiva até 2010”.Depois disso, Jucá chegou a sugerir o encerramentoda sessão para dar tempo aos parlamentares de analisarem aspropostas do governo.O líder do Democratas, JoséAgripino (DEM-RN), considerou a proposta “simpática”, mas criticouo momento de apresentação.“A proposta, queparece simpática, deveria ter sido apresentada na discussãoda matéria na Câmara [dos Deputados]. A essa altura, meu partido nãotem a menor condição de rever a posição.A proposta é intempestiva e não deve merecerdiscussão”.O líder do PSDB, Arthur Virgílio(AM), também defendeu que a proposta deveria ter sidoapresentada na Câmara.“Recebo com respeito e simpatia acarta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas o PSDB quervotar”, comentou. “Logo que o painel for aberto, o partidoabrirá o processo de negociação, se for dointeresse do governo. Pode ser a partir de amanhã[hoje]”.O senador acrescentou que o partido mantém a preocupação com a "questão social". "Mastenho dificuldade de dialogar neste momento. A carta do presidente éo marco inicial para a negociação.”