Governadores petistas lamentam fim da CPMF, tucanos defendem volta ao debate em 2008

13/12/2007 - 21h39

Daniel Merli
Repórter da Empresa Brasil de Comunicação (EBC)
Brasília - “O que passou, passou. Agora é hora de governo e oposição sentarem à mesa”, resumiu hoje (13) o governador Aécio Neves (PSDB), em entrevista à Rede Minas. “É preciso que essa negociação [sobre a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)] seja retomada, de forma adequada e com muita serenidade”.Correligionária de Aécio, a governadora gaúcha Yeda Crusius também defendeu a retomada em torno do tributo. “A CPMF, como a reforma tributária, podem entrar a qualquer momento em debate novamente no Congresso”, declarou à TVE-RS. “É prioritário resolver o problema do financiamento da saúde no Brasil”, disse o paulista José Serra (SP) à TV Cultura.A retomada do debate sobre CPMF foi descartada, logo após a votação, pelo ministro das Relações Institucionais José Múcio Monteiro.Já alguns governadores filiados ao PT lamentaram a perda da arrecadação com a decisão de ontem do Senado de não prorrogar o tributo. “A Bahia é o estado que mais recebe transferência dos programas sociais que são lastreados na CPMF”, disse Jacques Wagner (PT), à TVE-BA. “Vamos buscar formas de manter os programas sociais, mas com certeza haverão cortes”.“Eu espero que, em 2008, a oposição no Congresso Nacional pense menos no róxima eleição e mais nas próximas gerações, que precisam de investimentos substanciais em saúde e assistência social”, afirmou Marcelo Déda (PT) à TV Aperipê, a emissora pública de Sergipe.