Casagrande atribui rejeição da CPMF à falta de diálogo permanente com o Senado

12/12/2007 - 23h31

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A derrota do governo na votação que prorrogaria a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011 foi vista pelo líder do PSB, senador Renato Casagrande (ES), como uma falha por conta da falta de diálogo permanente com o Senado."O governo demorou para detectar os problemas. Não percebeu o sinal amarelo. Quando viu, já estava no vermelho e fez uma ultrapassagem perigosa. Foi um desastre", disse.Casagrande disse ainda que a oposição precisará dar explicações à sociedade. "Eles terão de explicar por que perderam essa oportunidade histórica de ajudar a consolidar o Sistema Único de Saúde", afirmou.O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) comemorou a vitória da oposição na derrota da CPMF. Para ele, apesar das brigas internas, o partido foi junto para o plenário. "Todos os 13 senadores votaram unidos".Ele negou que tivesse havido pressão dos governadores de Minas Gerais, Aécio Neves, e de São Paulo, José Serra, em favor da CPMF, já que os recursos são necessários para estados e municípios. "Os governadores nunca colocaram a espada no nosso peito, nunca nos impuseram nada", acrescentou.