Juliana Cézar Nunes e Felipe Linhares
Da Agência Brasil
Brasília - A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que, por ano, mais de2,5 milhões de pessoas são aliciadas em todo mundo por quadrilhas quetraficam seres humanos. No Brasil, essas quadrilhas atuam,principalmente, na área de exploração sexual e buscam aliciar mulheresde 18 a 25 anos, solteiras e com baixo poderaquisitivo.Para combater esse crime, o Ministério da Justiça pretende instalarbases para integrar as atividades das organizações da sociedade civil edas polícias federais, rodoviárias e estaduais. De acordo com a assessoria do ministério, essas unidades de mobilizaçãoserão criadas em pontos estratégicos, como aeroportos e rodoviárias, apartir do primeiro semestre do ano que vem.Nos próximos quatro anos, estão previstos R$ 1,4 milhão para a criaçãodas unidades nas 11 regiões metropolitanas que já aderiram ao Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci).“Temosimplantado uma política, com ações pontuais dedicadas àPolícia Federal, e nos próximos dias o presidente daRepública deveeditar o Plano Nacional de Combate ao Tráfico de Pessoas”, disse hoje(12) o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, durante aOficina sobre Tráfico de Pessoas, que reúne superintendentesregionais da Polícia Federal em Brasília.Para Tuma Júnior, é necessário ampliar as divulgaçõessobre o tráfico de pessoas para evitar que mais vítimas caiamno golpe. "Estamostrabalhando para identificar esses pontos [onde as quadrilhas atuam], quais as suas realidades efazer uma ação mais enérgica na repressãoe programar uma ação de prevenção nesseslocais.”