Não vai "acabar em pizza", prevê ministro Marco Aurélio

27/08/2007 - 22h10

José Carlos Mattedi e Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse acreditar que o julgamento do esquema do mensalão não vai "acabar em pizza, de forma alguma”. E resumiu: “Nós não estamos no âmbito de uma pizzaria. A sociedade vê nesse julgamento que a lei em si vale para todos, e que as instituições pátrias estão funcionando”.

As declarações foram feita hoje (27), após a quarta sessão em que o STF decide se aceita ou não a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra os 40 acusados de participação no esquema. Os trabalhos poderão terminar amanhã (28). O Supremo já aceitou a denúncia contra 37 desses acusados, que serão réus em ação penal.

De acordo com Marco Aurélio, após essa etapa inicial de apreciação da denúncia, o tribunal entrará na fase de apreciação da ação penal. Ele previu que o julgamento poderá durar até três anos. “Vamos tocar a ação como ela deve ser tocada, contando inclusive com a primeira instância da Justiça para os interrogatórios, mediante delegações dos atos”, acrescentou. Nessa primeira fase, o ministro disse que não se deve dar “esperança vã à sociedade, pois ainda não há culpa formada”. Ele explicou: “Essa fase é embrionária, é apenas de abertura do processo na seqüência da ação penal. E o menor prazo da prescrição é de oito anos, tendo como termo inicial a data do recebimento da denúncia”.