Integrantes de CPI consideram Aeroporto de Viracopos opção melhor que o de Cumbica

28/08/2007 - 0h51

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo da Câmara, que visitaram hoje (27) aeroportos em São Paulo, consideraram que o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, poderia ser uma escolha mais barata para o governo e servir de opção ao Aeroporto de Congonhas, na capital. O Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guraulhos, é o que recebe atualmente o maior número de vôos deslocados de Congonhas.  De acordo com o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), é possível adaptar com “baixo custo” o aeroporto de Viracopos e passar a usá-lo quase imediatamente para os vôos transferidos. “[O aeroporto de] Guarulhos depende de um investimento muito pesado agora. Mas em Viracopos você pode adaptar para usá-lo agora, para aliviar a situação de Congonhas”, afirmou. E acrescentou: “Chego a dizer que seria uma irresponsabilidade não usar Viracopos agora, em função das necessidades que nós temos aqui em São Paulo”.Segundo o deputado Ivan Valente (P-SOL-SP), os custos para a ampliação do aeroporto de Cumbica poderiam chegar a R$ 3 bilhões, já que seriam necessários recursos não apenas para a construção de uma nova pista, mas também para a desapropriação de uma área onde hoje vivem cerca de 20 mil pessoas.“Viracopos tem uma sub-utilização, uma ociosidade que precisa ser preenchida já. Então, a descentralização de Congonhas e Guarulhos, do ponto de vista das cargas e de passageiros, pode ser feita por pouco custo para Viracopos imediatamente”, afirmou.Para Vanderlei Macris, o deslocamento dos vôos para Viracopos, no entanto, pode enfrentar a resistência das companhias aéreas. “Entendi nas conversas com a Infraero que não interessa para as empresas usar aquele aeroporto, porque elas não têm infra-estrutura lá. Elas teriam que alocar recursos para preparar uma infra-estrutura nova para atendimento”, disse.Segundo ele, Viracopos, a médio prazo, poderia passar a ser utilizado por 30 milhões de passageiros por ano, caso uma nova  pista fosse construída. Com um investimento “forte”, poderia passar a ter capacidade de 70 milhões de passageiros por ano, a mesma do aeroporto de Londres.