Greve no Ibama só não começa se governo retroceder, afirma presidente de associação

13/05/2007 - 21h03

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A condição para que os servidores doInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenováveis (Ibama) suspendam a greve marcada para começarnesta segunda-feira (14) em todo o país é que o governoretire a Medida Provisória 366 que divide o órgãoem dois. A informação é do presidente nacionalda Associação dos Servidores do Ibama (Asibama), JonasCorrêa. “[O governo] retira a medida e sentamos paradiscutir”, afirma.Durante toda a semana os servidores do Institutoestarão no Congresso Nacional mobilizando os parlamentarescontra a aprovação da medida. Eles pretendem, segundoCorrêa, se manifestar em todos os compromissos públicosdo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra do MeioAmbiente, Marina Silva.Os trabalhadores do Ibama têm se posicionadocontrariamente à divisão prevista na medida provisóriaque determina que a gestão das unidades de conservaçãoe dos centros de pesquisa será de competência dorecém-criado Instituto Chico Mendes de Conservaçãoda Biodiversidade. A concessão de licenças ambientaisficaria com o Ibama.Segundo a assessoria de imprensa do Ibama, o órgãomantém as portas abertas para o diálogo e, na épocada reestruturação do órgão e criaçãodo Instituto Chico Mendes, a ministra Marina Silva teria proposto aosservidores a criação de um grupo de trabalho paradiscutir o aperfeiçoamento da medida provisória. Deacordo com a assessoria, os servidores se negaram a criar o grupo.Corrêa afirma que “somos contra a divisãodo Ibama, não podemos participar da estruturaçãodo Chico Mendes e do Serviço Florestal porque somos contraisso. Se eles quisessem discutir a reestruturação dagestão ambiental, não tinham que ter encaminhado amedida provisória”.Com a greve do Ibama ficam paralisadas atividadescomo concessão de licenças ambientais e licençasdadas para os produtos naturais que são exportados eimportados. Ficam garantidos a fiscalização dos parquese combate a incêndios, por exemplo.