Estatais puxam aumento de verbas publicitárias do governo em 2006

29/04/2007 - 17h39

Aloisio Milani
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo federalgastou mais recursos, em 2006, com publicidade. Segundo balançodivulgado pela Secretaria de Comunicação Social daPresidência da República, foram investidos R$ 1,015bilhão, um aumento de 5,48% em relação a 2005. Ocrescimento foi puxado pela atuação das empresasestatais, que utilizaram 12% a mais de recursos no setor e sãoresponsáveis pela maioria (76%) do montante publicitáriodo governo.A administraçãofederal possui três tipos de publicidade, todas coordenadaspela Secretaria de Comunicação Social: asinstitucionais, que aborda campanhas mobilizadoras e de governo, quegastou R$ 90,27 milhões; as de utilidade pública, comoa do censo previdenciário ou a de vacinação,responsáveis por R$ 240,59 milhões; e por últimodas estatais, que anunciam com os conceitos de concorrência nomercado para afirmar suas marcas, como é o caso da Petrobras eBanco do Brasil – utilizaram R$ 775,17 milhões.“A política deSecom é dar total transparência nos gastos do governo napublicidade, porque não tem nada para esconder. No anopassado, gastamos R$ 1,015 bilhão em publicidade. Desse total,76% foram gastos em publicidade de empresas estatais que competem nomercado. É um valor compatível com que investem osconcorrentes”, explica o sub-chefe executivo da Secretaria deComunicação Social, Ottoni Fernandes Jr.Segundo a secretaria, oritmo de crescimento da publicidade das estatais é compatívelcom o “comportamento do mercado”, que, segundo dados apuradospelo Ibope Mídia, teve crescimento de 12,3% em 2006. Asecretaria não divulga os dados específicos de cadaestatal, porque, segundo Fernandes Jr., são informações“reservadas e estratégicas” para os setores. “O governonão divulga os números particulares dessas empresa, porque é uma informação de segredo competitivo.Mas posso dizer que os gastos do Banco do Brasil e a Caixa EconômicaFederal são absolutamente compatíveis com similarescomo Bradesco e Itaú. Na realidade, até um poucomenos.”