Garantir prioridade às crianças e adolescentes é desafio dos conselhos tutelares

16/12/2006 - 14h25

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Falta de equipamentos, de pessoal e de uma rede de proteção àscrianças e adolescentes, que garantam o atendimento de saúde e educação por exemplo, são desafios enfrentados diariamente pelos conselheirostutelares. Esses profissionais são o elo entre a comunidade, emespecial as crianças e os adolescentes em situação de risco, e osórgãos de atendimento como abrigos, hospitais e escolas. São osconselheiros que, em caso de violação de direitos, encaminham osmenores para essas instituições.O conselheiro tutelar dePlanaltina, cidade satélite do Distrito Federal, Ziel Ferreira dosSantos, está no segundo mandato. Ele afirma que atualmente os conselhostêm recebido mais atenção do governo e que as condições de trabalhoestão melhorando, embora ainda haja um longo caminho a percorrer. “Hojeestá melhor, mas ainda não é o suficiente para um atendimento dequalidade”. Para ele, o grande desafio é garantir que se cumprao que está definido no Estatuto da Criança e do Adolescente. “Nossoestatuto diz que é a criança e o adolescente são prioridade absoluta,porém, nosso estado e a sociedade não a colocam como prioridadeabsoluta”, afirma.A promotora de Justiça, Luísa de Marillac,aponta ainda como desafio consolidar e fortalecer a rede de atendimentoàs crianças e adolescentes em situação de risco. Essa rede é formadapelas instituições de saúde, educação e justiça, por exemplo. “Oconselheiro atende a crianças e adolescente em situação de risco,define as medidas protetivas e quem executa são os órgãos que compõemessa rede, então é importante que ela esteja consolidada”, afirma apromotora. Neste sábado (16), promotores da infância ejuventude e conselheiros tutelares de todo o Distrito Federalparticiparam de encontro, com o objetivo de aproximar conselheiros eintegrantes do Ministério Público, que também fazem parte da rede deproteção às crianças e adolescentes.