Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgounota defendendo a reforma política, como forma de evitar fatoscomo a decisão tomada nesta semana pelo Congresso Nacional de aumentarpara R$ 24.500,00 os salários dos parlamentares. “Um salário de R$24.500,00, diante do salário mínimo de apenas R$ 350,00 sinaliza maisinteresses particulares do que a defesa da justiça ou gesto de partilhaem solidariedade à população empobrecida”, diz a nota.O órgãomáximo de representação da Igreja Católica ressalta que são necessários“instrumentos legais para inibir decisões como essa, que obscurecem adignidade da política”. O assunto vai ser abordado nos sermões deste domingo (17), durante acelebração de missas nas igrejas, em que será feita a pergunta: “O quedevemos fazer?”. A CNBB lembra que, diante dessa pergunta, o apóstoloJoão Batista “respondia com simplicidade, oferecendo critérios éticosde ação para a defesa da dignidade da pessoa humana: a partilha, ajustiça e o poder como serviço”. “Esta decisão dos membros do Parlamento leva a crescer o fossoentre os legisladores e o povo. Acontece que eles foram eleitos pelopovo para o poder-serviço”, diz a CNBB.