Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Na terça-feira (31) deve ser publicada no Diário Oficial da União a lei que garante indenização aos familiares dos três fiscais do trabalho e do motorista assassinados na região rural de Unaí (MG) há dois anos. A informação foi dada hoje à Agência Brasil pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em Unaí (MG).
A lei foi aprovada pelo Congresso Nacional no fim do ano passado e sancionada pelo presidente Lula no último dia 3. O ministro explicou que, após a publicação da lei, os familiares poderão entrar com pedido de indenização em qualquer agência do Ministério do Trabalho. O governo irá conceder também bolsas de estudo fundamental e universitária para os dependentes das vítimas.
"Os recursos já estão liberados, só falta a tramitação de publicação no Diário Oficial e o requerimento por parte dos dependentes", explicou Marinho. A indenização será de R$ 200 mil para cada família dos servidores assassinados.
O ministro participou hoje (28) de ato ecumênico em memória dos dois anos das mortes. A manifestação aconteceu no lugar onde os quatro foram assassinados, na entrada para a fazenda Bocaina, em Unaí. O ministro disse que o presidente Lula está à disposição das famílias para um encontro que deve acontecer em breve. "Nós estamos juntos com as famílias lutando para que se faça justiça", disse o ministro.
O julgamento dos nove acusados pelo crime deve ser feito ainda este semestre e os acusados vão enfrentar júri popular. "Quero acreditar que a justiça será feita acima de tudo e que o júri popular possa dar o veredicto conforme a nossa legislação estabelece. É importante que os executores da ordem sejam punidos, mas, especialmente, que os mandantes do crime, desse crime bárbaro, sejam punidos", comentou Marinho.
Além de Marinho, o subsecretário de Direitos Humanos Perly Cipriano, o ex-secretário de Direitos Humanos Nilmário Miranda e o delegado regional do trabalho de Minas Gerais Carlos Alberto Calazans participaram da manifestação. Cerca de 50 pessoas participaram do ato, incluindo familiares das vítimas.