Palocci destaca consistência e ganhos da política econômica

16/11/2005 - 15h54

Edla Lula
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, destacou, há pouco, em depoimento na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), a consistência e os ganhos da política econômica adotada pelo atual governo. "Estamos entrando num ciclo de crescimento prolongado. Abrimos a oportunidade de o Brasil experimentar um longo e consistente ciclo de crescimento", afirmou o ministro.

Ele citou o combate à inflação, o ajuste fiscal e os números que garantem um desenvolvimento sustentado. "As exportações atingiram patamar excepcional, contrariando todas as perspectivas, inclusive as nossas", ressaltou o ministro, ao afirmar que as vendas do país ao exterior, pela primeira fez, ultrapassaram US$ 100 bilhões. Segundo Palocci, o Brasil chega hoje a esse patamar graças ao modelo adotado desde 1999, quando o país resolveu trabalhar com o sistema de câmbio flutuante. O ministro ressaltou também que a lucratividade das empresas supera hoje o sistema financeiro.

Palocci enfatizou, entretanto, que, para ele, o maior resultado está relacionado ao aumento da massa salarial. "O emprego formal vem gerando, em quantidade, dados muito maiores do que o informal", destacou. Ele disse que há um ganho consistente na renda do trabalhador e um importante aumento na massa salarial. Falou também sobre o sucesso na política de combate à inflação, "traduzido para o bolso do trabalhador", e nos programas de transferência de rendam, "com impacto importante na vida das pessoas".

De acordo com o ministro, o sucesso não se deve apenas à equipe econômica, "mas é resultado de um esforço de mais de uma década". Ele destacou também medidas adotadas durante o governo Fernando Henrique Cardoso, quando optou pelo câmbio flutuante, em 1999, adotou as metas de inflação e criou a Lei de Responsabilidade Fiscal. Citou ainda o governo Itamar Franco, que lançou o Plano Real e deu início ao esforço de combate à inflação, e o presidente José Sarney, que decidiu acabar com a conta-movimento e criar o Tesouro Nacional. Sem ele, disse Palocci, "não poderíamos sequer controlar as contas". "O Brasil evoluiu e amadureceu nos pilares contruídos ao longo destes anos", afirmou.