Palocci atribui denúncias à perseguição política

16/11/2005 - 16h47

Edla Lula
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, atribuiu à perseguição política de "instituições respeitáveis" de Ribeirão Preto (SP) as denúncias de corrupção que vêm sendo feitas contra ele. Palocci disse aos senadores da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que não se furtaria a responder às questões apresentadas, mas pediu para ser respeitado.

"Não me furtarei a dar qualquer esclarecimento sobre qualquer ponto que toque a minha pessoa, mas quero pedir aos senhores e às senhoras para zelas para que estas questões sejam feitas de maneira adequada, de maneira correta, a ponto de não violar a honra das pessoas", afirmou o ministro.

Ele citou o primeiro depoimento feito pelo advogado Rogério Buratti, que foi seu assessor na prefeitura de Ribeirão Preto. O depoimento, em que Buratti acusou Palocci de receber recursos irregulares quando prefeito, foi feito de maneira ilegal, afirmou o ministro.

"Aquele depoimento foi transcrito e divulgado antes de terminar. Fitas daquele depoimento foram gravadas pelo Ministério Público, ou pela Polícia Federal, ou pela Polícia Civil, na região de Ribeirão Preto, e entregues a uma rede de televisão por policiais civis", disse Palocci. "Quando isso acontece, eu acredito que há interesse político por trás das instituições. E isso nós devemos combater", afirmou o ministro.

Ele negou que tenha existido esquema de "mensalão ou mensalinho" em sua gestão na prefeitura de Ribeirão Preto.