Palocci admite que dívida pública aumentou, mas destaca queda da inflação

16/11/2005 - 19h23

Edla Lula
Repóter da Agência Brasil

Brasília – Já dura mais de quatro horas a audiência do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. A sessão teve agora um intervalo e deve prosseguir até depois da meia-noite, já que há 33 senadores inscritos.

Na primeira parte do depoimento, os parlamentares indagaram o ministro sobre temas da área econômica. Palocci foi questionado sobre a taxa básica de juros brasileira, sobre as metas de superávit fiscal, e cobrado sobre a redução dos gastos públicos com despesas de pessoal e de viagens.

O ministro da Fazenda disse que, mesmo com esforço fiscal, o governo alcançou, nos últimos três anos, êxitos importantes na área social. Ele ressaltou que, enquanto neste período a inflação tenha crescido 29%, os gastos com saúde cresceram 49,8% e com segurança, 69,8%.

Ele reconheceu que os juros são altos e que o Banco Central aumentou a dívida pública. Mas lembrou que, nesse período, a inflação caiu de 8% para 5% ao ano. "O maior beneficiado com isso é o trabalhador", afirmou.

"Os juros estão caindo de maneira lenta, mas estão caindo. Mas nós precisamos criar as condições para que os juros caiam com maior velocidade", justificou.

"Pedir para reduzir as despesas correntes soa como música nos meus ouvidos", disse Palocci, ao referir-se às proposições dos senadores pela diminuição dos gastos públicos. Ele disse que faz parte da política de longo prazo, promover essa redução.