Ministro nega existência de recursos de Cuba, Angola ou das Farc para campanha de Lula

16/11/2005 - 16h27

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, na qualidade de Coordenador Político da campanha presidencial do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, afirmou a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), que não houve o repasse de recursos de Cuba, Angola ou das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Palocci disse que, como coordenador político, reuniu-se com empresários, pediu colaboração, mas nunca intermediou recursos.

"Participei integralmente (da campanha) e sei que nada disso (doeções do exterior) ocorreu", afirmou Palocci. Ele defendeu a investigação de todas as denúncias que têm surgido na imprensa e ressaltou que não se furtará a esclarecer tudo que o envolva "em qualquer instância".

Ele disse, ainda, que apresentou documentos claros, "nem sempre publicados", sobre todas as acusações que surgiram sobre supostos desvios de recursos durante sua gestão como prefeito de Ribeirão Preto (SP).

Sobre a questão específica da renegociação da dívida angolana com o Brasil, Antonio Palocci afirmou que esta dívida não vinha sendo paga corretamente e que, por isso, foi renegociada, "a luz do dia".