Cidades de fronteira devem ter recursos para investir em desenvolvimento social e econômico

16/11/2005 - 7h32

Valtemir Rodrigues
Da Voz do Brasil

Brasília - As cidades de fronteira do Brasil com dez países da América do Sul devem receber investimentos de cerca de R$ 64 milhões para o desenvolvimento social e econômico. A idéia é descobrir a vocação econômica dessas localidades, capacitar os cidadãos e ajudá-los a desenvolver uma atividade produtiva. Inicialmente serão atendidos cinco pontos, envolvendo seis cidades brasileiras e cinco nos países vizinhos. O trabalho será desenvolvido por um grupo interministerial, coordenado pelo Ministério da Integração Nacional.

A informação é do diretor do Programa de Desenvolvimento Regional das regiões sul e sudeste, do Ministério da Integração Nacional, Rogério Vieira. Segundo ele, a ação vai facilitar o repasse de recursos do governo para melhorar as condições de vida das pessoas nesses locais. "Isso representa um choque de desenvolvimento. Você está chegando em um espaço com um conjunto de ações que antes chegava, muitas vezes, desagregado. Agora eles estão chegando de forma ordenada e com uma estrutura que permita um impacto e um choque de desenvolvimento", informou.

Segundo Vieira a intenção também é melhorar a infra-estrutura, a educação e a saúde para as pessoas que vivem nesses locais. "O programa, em uma perspectiva de desenvolvimento econômico, busca promover a superação das desigualdades aproveitando as especificidades locais considerando a participação da sociedade".

Estão programadas 173 atividades de diversos ministérios para melhorar a condição social dessas pessoas, como o projeto Ação Segurança Cidadã, do Ministério da Justiça, e o Sistema Integrado de Saúde das fronteiras do Ministério da Saúde.

A região de fronteira abrange 27% do território nacional - 2,357 milhões de quilômetros quadrados - nos 11 estados próximos a dez países sul-americanos. São 588 municípios e uma população estimada em 10 milhões de habitantes.