Érica Sato
Da Agência Brasil
São Paulo – A população paulista alcançará, em 30 de julho próximo, a marca de 40 milhões de habitantes e passará a ser um estado mais populoso do que 178 países, abaixo apenas de 29 outros países. Na América do Sul, o estado de São Paulo perderá apenas para a Colômbia em tamanho populacional. A projeção é do Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), entidade do governo paulista, e trata-se de uma previsão matemática inclusive com hora determinada: 14h36, do último sábado de julho.
A taxa de crescimento registrada pelo estado (1,8% ao ano) é maior do que a média nacional (1,6%), segundo o último período censitário (1991-2000). A pesquisa foi feita a partir dos registros de nascidos vivos e óbitos feitos nos Cartórios de Registro Civil do Estado e nos resultados dos Censos Demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No período de 2000 a 2005, o menor índice de crescimento populacional (1% ao ano) foi registrado no grupo de maior volume de pessoas, com idades entre 15 e 29 anos. A maior taxa de crescimento ficou entre as pessoas com 45 a 59 anos, idade considera o limite da faixa ativa, com crescimento anual de 4,2%. O contingente entre 30 e 44 anos de idade aumentou 1,6% anualmente; o grupo de 60 a 74 anos de idade cresceu 2,6% ao ano e, finalmente, o grupo de pessoas com mais de 75 anos de idade teve crescimento anual de 3,9%. O número de habitantes na terceira idade (com mais de 60 anos de idade) apresentou um aumento considerado expressivo, de 510 mil habitantes.
Segundo o Seade, o aumento da proporção da população em idade ativa (até 59 anos) e na terceira idade é resultado dos altos índices de natalidade e da queda da mortalidade ocorridas a partir de 1945. Também se deve a elevadas taxas de migração observadas entre 1960 e 1980, período em que grande número de pessoas, com idades entre 20 e 30 anos, buscava trabalho no estado de São Paulo. A existência de menor proporção de crianças e jovens deve-se à redução da natalidade.
As mulheres são maioria entre a população paulista, seguindo a tendência biológica, que dá a elas uma expectativa de vida oito anos maior que os homens, além de serem maioria nos movimentos migratórios recentes para o Estado, segundo também o Seade. Entre os municípios paulistas, Bertioga, no litoral norte, teve o maior ritmo de crescimento populacional, com 8,4% ao ano. O maior decréscimo populacional, de 1,7% ao ano, deu-se na cidade de Itaóca.
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