Rio, 17/5/2005 (Agência Brasil - ABr) - A Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj) organizou para amanhã (18) em Campos, no norte-fluminense, junto com a Associação dos Magistrados do Brasil, uma manifestação de apoio à juiza Denise Appolinária.
Esta juíza foi a responsável pela sentença que tornou inelegíveis por três anos a governadora do Rio, Rosinha Matheus, e o secretário estadual de Governo e presidente regional do PMDB do estado, Anthony Garotinho, além de outras quatro pessoas.

O juiz Paulo Feijó, um dos diretores da Amaerj, disse que os magistrados farão uma reunião nesta quarta-feira, em Campos, para decidir se irão pedir a Garotinho uma retratação pública por supostas acusações à juíza em programa de rádio. "Uma das possibilidades era de se fazer uma interpelação judicial para ele confirmar a veracidade do que teria dito", disse.

A nota divulgada pelo PMDB nos jornais desta terça-feira, segundo o juiz, não faria uma retratação específica à juíza Denise Appolinária, caso Garotinho tenha realmente feito acusações a ela. "Em momento algum nós dissemos que houve um ataque generalizado à magistratura. Pelo contrário, reconhecemos que foi a uma única juíza. Apenas o que os magistrados disseram é que esse ataque à juíza feria a própria função do Judiciário", acrescentou.

De acordo com um dos trechos da nota, "não é verdade que Anthony Garotinho tenha feito críticas à magistratura de modo generalizado, com o objetivo de desacreditar a decisão da juíza eleitoral de Campos..."

Paulo Feijó informou ainda que a cópia do programa de rádio será solicitada por sua assessoria de imprensa, e que, dependendo da análise dos magistrados, Garotinho pode vir a responder criminalmente pelas declarações.