Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil
Brasília – As reivindicações de entidades de trabalhadores, como o Movimento Sem-Terra, a Central Única dos Trabalhadores e outras que sempre tiveram estreita ligação com o partido que está hoje no governo, são naturais e é normal que essas organizações tenham seus pleitos e os apresente ao governo.
A afirmação foi feita pelo ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, nessa segunda-feira, ao participar do programa Roda Viva, da TV Cultura. "São entidades da sociedade civil, que tem suas plataformas. Mas ao governo tem que ver o país todo. O Brasil tem limitações, leva um tempo para superá-las. Mesmo assim estamos crescendo", disse.
Dirceu lembrou a marca histórica de 2,7 milhões de empregos com carteira assinada, atingida no mês passado. De acordo com o ministro, se o número de empregos continuar subindo no patamar atual, nos próximos dois anos, o governo finaliza seu mandato com 10 milhões de empregos, entre formais e informais.
O ministro destacou uma série de medidas na área tributária, tais como a desoneração de bens de capital. Ele disse que, ainda neste semestre, o governo anuncia a desoneração para o setor de bens de consumo. Segundo Dirceu, a redução da carga tributária, com a desoneração, custou algo próximo dos R$ 7 bilhões desde 2004.
Para ele, a redução da carga tributária será automática com o crescimento do PIB. "Governo não pode simplesmente chegar e reduzir a carga a 5%. Agora, crescer a economia, não aumentar a carga, fazer a reforma tributária do ICMS que unificou o imposto, acabando com a guerra fiscal entre os estados, tirar a contribuição da previdência da folha de pagamento e passar para o faturamento, são medidas que o governo adotou e vai fazer", exemplificou o ministro, que acredita que tais medidas podem melhorar a qualidade da carga tributária no país.