Juliana Cézar Nunes
Repórter da Agência Brasil
Brasília – As oportunidades comerciais parecem ser um dos principais atrativos para as delegações recém-chegadas para a Cúpula América do Sul - Países Árabes. O vice-chanceler do Peru, Armando Lecaros, desembarcou no aeroporto internacional de Brasília elogiando a iniciativa de incluir no primeiro encontro dos dois blocos regionais um fórum empresarial. "As nossas expectativas são as melhores possíveis. Foi uma excelente idéia do Brasil", avalia Lecaros.
Os árabes, por sua vez, também valorizam o aspecto comercial da Cúpula. São esperados cerca de 200 empresários da região. Neste domingo, chegaram 10 da Tunísia. Entre eles, o empresário do ramo de óleos Slama Ali. "É a minha segunda visita ao Brasil, primeira vez em Brasília", conta Ali. "Vim para ampliar os negócios e avaliar a possibilidade de abrir novos mercados."
O intercâmbio comercial entre o Brasil e as nações árabes está calculado em US$ 8,2 bilhões por ano. O petróleo é um dos principais produtos comprados pelos brasileiros. Países como Tunísia e Marrocos exportam para a América do Sul produtos químicos. Do Brasil, compram açúcar, trigo e café.
O empresário brasileiro de origem síria, Bassan Massoud acredita que o comércio entre sul-americanos e árabes tem grande potencial. Massoud atua no setor atacadista de material de construção e, na manhã deste domingo, participou de um encontro de dez minutos com o primeiro-ministro da Síria, Mohammad Naji Al Otri, ainda no aeroporto.
"Ele (o primeiro-ministro) acha que a Cúpula vai ser um sucesso. Pensa que as relações entre países árabes e Brasil tem tudo para dar certo e crescer, Tanto as relações comerciais, quanto as políticas e diplomáticas", conta Massoud. "Há grande interesse de mercado sírio no Brasil. Podemos comprar mais carne, açúcar e café dos brasileiros. E vender mais petróleo, fosfato e azeite."
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