Lana Cristina
Reporter - Agencia Brasil
Brasilia – The United States keeps close track of the democracy consolidation process in Latin America and has a concern about the development of Latin American countries. It’s what US Deputy Secretary of State, Robert Zoellick, said, in an official trip to Brazil. Zoellick affirmed that, during the meetings he’s having with Brazilian authorities, he is interested in learning about their opinion on Latin American democratic processes.
Zoellick listed five LA countries where democracy is still fragile: Bolivia, Ecuador, Venezuela, Nicaragua, and Haiti. He called Venezuelan president, Hugo Chávez, a populist and hinted he didn’t trust his proposals for South American integration, such as the creation of the Bank of the South. This bank, according to Chávez, would have funds to benefit integration projects of South American countries.
Zoellick praised President Lula, whom he classified as a left leader, for paying attention to the democratic process. He also pointed out the negotiating role of Chile’s President Ricardo Lagos. Zoellick explained that his country’s interest on South American democracy does not focus on left or right wing political positions, but on whether leaders are committed with the country’s democracy and development.
The Secretary said the Organization of American States and the Interamerican Development Bank (IDB) should follow democratic processes in Latin America closer, and not only during elections time.
Regarding Brazil, Zoellick said it is an "excellent ally" of the US, but criticized its request to the World Trade Organization (WTO) to retaliate against US over cotton. On Thursday (6), Brazil asked the WTO for the right to impose sanctions of US$1 billion on US, claiming that that country has not eliminated subsidies to producers, which should have occurred in the beginning of September. "Retaliation is counterproductive. The best way to resolve this is in the Doha Round."
In the Secretary’s opinion, Brazil’s economy has potential and it should open up more, and increase competitiveness. Zoellick said that the US is no longer focusing on the Free Trade Area of the Americas (FTAA) as a way of unifying the continent’s economies. For him, that should be done in the WTO.
Translation: Andréa Alves
Lana Cristina
Reportera Agencia Brasil
Brasilia - Estados Unidos acompaña de cerca la consolidación de la democracia latinoamericana y se preocupa con el desarrollo de los países del continente, dijo el secretario de Estado adjunto de Estados Unidos, Robert Zoellick, en visita oficial a Brasil, añadiendo que su interés en los encuentros con autoridades brasileñas es conocer la opinión sobre los procesos democráticos en Latinoamérica.
Zoellick expresó que la democracia es fragil en Bolivia, Ecuador, Venezuela, Nicaragua y Haití, llamó a Hugo Chávez de populista e insinuó no confiar en las propuestas de él para la integración sudamericana, como la creación del Banco del Sur, que de acuerdo con Chávez, tendría fondos para proyectos de integración de América del Sur.
Zoellick elogió al presidente Lula, a quien llamó de líder de izquierda, atento al proceso democrático, y elogió el papel negociador del presidente de Chile, Ricardo Lagos, según él, otro líder de centro izquierda que viene negociando con Estados Unidos, y explicó que el interés de su país en acompañar la consolidación de la democracia en sudamérica no está dirigido a posiciones políticas de izquierda o derecha, sino si esos líderes están comprometidos con la democracia y el desarrollo del país.
Para el secretario, la Organización de Estados Americanos (OEA) es el brazo democrático de las Américas, y dijo que junto con el Banco Interamericano de Desarrollo, la OEA debería acompañar más de cerca el proceso democrático en Latinoamérica, y no limitar su observación a periodos electorales.
A Brasil, lo calificó de excelente aliado de Estados Unidos, pero criticó el pedido a la Organización Mundial de Comercio de tomar represalias contra su país.
El pedido es por valor de US$ mil millones y fue enviado este jueves porque Estados Unidos no ha eliminado los subsidios pagados a los productores de algodón. El fin de los subsidios para la producción estadounidense de algodón debería haberse dado en septiembre, y observó que la represalia es contraproducente, explicando que su experiencia en comercio le muestra que la situación se agrava con tal medida, y que la mejor forma de resolver el asunto es en la Ronda de Doha.
Para el secretario, Brasil es una economía con potencial, que necesita abrirse más y aumentar la competitividad, y afirmó que Estados Unidos no están centrando su atención el Área de Libre Comercio de las Américas (Alca) como forma de unir las economías del continente, y que la unión de los países debe hacerse en la Organización Mundial de Comercio.
Traducción : Jaime Valderrama
Brasília, 6/10/2005 (Agência Brasil - ABr) - O dono da corretora de seguros Assurê, Henrique Brandão, negou ser "agente político" do ex-deputado Roberto Jefferson e ter solicitado ao ex-presidente do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), Lídio Duarte, mesada de R$ 400 mil para o PTB.
Em depoimento na sub-relatoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, Brandão afirmou que "o Roberto é meu amigo, meu irmão há mais de 40 anos" e que "jamais houve qualquer tipo de conversa com relação às denúncias publicadas na imprensa, jamais tive qualquer conversa dessa natureza, é uma inverdade".
Segundo Brandão, não há qualquer tipo de relação entre ele e Lídio Duarte, apesar de os dois se conhecerem há mais de 25 anos: "Nossa relação é meramente institucional. Eu nunca tive relação de aproximação com o pessoal da gestão do IRB".
Ele também negou ter influenciado na escolha de Lídio Duarte para a presidência da IRB, embora tenha sido consultado pelo presidente do PTB sobre a indicação. "Ele foi nomeado por competência e pela história dele dentro da empresa, mas todos sabem que a nomeação é política", disse.
Para o sub-relator da comissão, deputado Carlos Willian (PMDB-MG), o depoimento de Henrique Brandão foi contraditório: "Não acho convincente ele ter dito que não há interferência política no IRB, tanto é que as indicações das diretorias são feitas por parlamentares. Mais à frente ficará claro quem é o padrinho de cada um que está na direção do IRB".
Henrique Brandão disse ainda que até hoje só contribuiu para a campanha política da filha do ex-deputado Roberto Jefferson, Cristina Brasil, para quem doou R$ 10 mil em cheque. E que não voltará a contribuir para qualquer campanha.
Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os depoimentos dos doleiros mineiros Haroldo Bicalho e Jamil Kalid nada acrescentaram às investigações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios. A afirmação foi feita pelo sub-relator de movimentações financeiras da comissão, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), responsável pela tomada do depoimento de ambos.
Tanto Bicalho quanto Kalid negaram ter feito remessas de dinheiro para a conta "Dusseldorf", no Banco de Boston, a pedido do empresário Marcos Valério de Souza. A conta, cujo titular é o publicitário Duda Mendonça, teria servido para o repasse de dívidas de campanha do PT feitas em 2002.
Bicalho e Kalid sequer assumiram a condição de doleiros. Haroldo Bicalho disse que é empresário do ramo de couros e não soube explicar como seu nome foi parar nas investigações de outra CPMI, a do Banestado, que investigou a remessa de ilegal de dinheiro para o exterior. O nome de Bicalho figurava numa das principais contas investigadas pela CPMI do Banestado: a Beacon Hill.
Para Fruet, o depoimento de ambos foi marcado por "uma sucessão de mentiras e contradições". Na opinião do deputado, faltou a colaboração dos dois nas investigações. Fruet destacou que documentos obtidos com a quebra do sigilo bancário e telefônicos do empresário Marcos Valério mostram que Bicalho e Kalid eram seus operadores no envio de dinheiro para o exterior.
O depoimento de Jamil Kalid foi diferente de todos os outros tomados até hoje pela CPMI dos Correios. Geralmente, os depoentes são tratados com severidade pelos deputados e senadores, mas Kalid provocou, várias vezes, gargalhadas no plenário. Com um carregado sotaque mineiro, o consultor financeiro paralisou o depoimento para contar um assalto realizado em sua empresa de "factoring", que o obrigou a fechá-la.
Nem mesmo o sub-relator, que presidia a sessão, conteve a gargalhada ao ouvir de Kalid o relato do desespero de seu funcionário Francisco, conhecido por "Ratão", por causa do tamanho das orelhas, ao lhe telefonar, de madrugada, para comunicar o assalto. Algumas vezes, o depoente interrompeu o interrogatório de Fruet para dizer que o raciocínio do parlamentar estava equivocado. "Vai por mim, isso aí não é assim não", afirmou, certa vez, Kalid ao questionar as informações de Duda Mendonça sobre a abertura da conta "Dusseldorf".
Segundo ele, tal tipo de conta no exterior não é aberto para investimentos de curto prazo. Kalid disse que não acredita na história contada pelo publicitário na CPMI de que teria sido obrigado por Marcos Valério a abrir essa conta para que pudesse receber parte do dinheiro de campanhas eleitorais feitas em 2002. De acordo com Kalid, o alto custo para abertura e manutenção de contas como a "Dusseldorf" inviabiliza investimentos de curto prazo.
Kalid afirmou que jamais teve contato com Duda Mendonça ou Marcos Valério. Sobre sua relação com Haroldo Bicalho, disse que não havia muita afeição, mas que nunca houve briga.
Recife, 06/10/2005 (Agência Brasil - ABr) - Em Pernambuco, a adesão à greve nacional dos bancários foi de 70% no Banco do Brasil, de 75% na Caixa Econômica Federal, de 45% no Banco Nordeste e de 7% nos bancos privados. A informação foi dada pelo presidente do Sindicato dos Bancários, Marlos Guedes.
Ele explicou que foi necessário administrar situações em que alguns usuários, principalmente aposentados, fizeram pressão para que os serviços de auto-atendimento fossem liberados. "Permitimos hoje operações de saque, depósitos e pagamentos em caixas eletrônicos, por causa da pressão popular, mas amanhã (7) pretendemos continuar com as máquinas fechadas", enfatizou.
"Estamos radicalizando", disse Marlos, "para buscar uma saída rápida com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), no sentido de que possamos conseguir evitar que a greve seja longa e penalize a população".
Hoje (6) houve problemas de abastecimento de dinheiro nos terminais de auto-atendimento abastecidos pelo Banco Central instalados no prédio da prefeitura de Recife.
O assessor de comunicação do Banco do Brasil, Sérgio Valença, explicou que a concentração do movimento foi mais intensa na capital do que no interior do estado. Valença disse que os clientes estão tendo acesso aos terminais externos da instituição financeira, instalados em farmácias, shopping centers, universidades, prédios públicos e supermercados. O Banco do Brasil tem 174 agências em Pernambuco, sendo 31 na capital.
Porto Alegre, 06/10/2005 (Agência Brasil - ABr) - O capitão Adriano José Zainini assumiu, na tarde de hoje, o subcomando do 32º Batalhão da Brigada Militar, em Sapiranga (RS), em substituição ao major Eduardo Pittan, afastado da função pelo comando da corporação.
Segundo o tenente-coronel Joel Prates Pedroso, responsável pela assessoria de comunicação social da Brigada Militar, a substituição do oficial que comandava o policiamento durante o protesto dos sapateiros, na última sexta-feira (30), "é normal e tem o objetivo apenas dar transparência as investigações" sobre a morte do sindicalista Jair Antônio da Costa, durante a manifestação.
Pelo Ministério Público, o promotor de Justiça Marcelo Nathys Thormann foi designado para acompanhar o inquérito instaurado pela Polícia Civil de Sapiranga, e o promotor Plínio Castanho Dutra acompanha o inquérito policial, da Brigada Militar.
Aline Beckestein
Repórter da Agência Brasil
Rio – A adesão dos funcionários do Banco do Brasil (BB) à greve dos bancários não foi grande, segundo a assessoria de imprensa da instituição. Do total de 3.618 agências do BB no país, apenas 62 teriam fechado as portas. A paralisação envolveu instituições estatais e privadas.
Com a greve dos funcionários do Banco Central, que começou há três semanas, o serviço de distribuição de dinheiro para as agências bancárias de nove capitais, além do Distrito Federal, ficou paralisado e passou a ser feito pelo Banco do Brasil, que já tinha essa atribuição para os demais municípios brasileiros. Mesmo com a greve iniciada hoje, a operação não foi prejudicada.
A greve do Banco Central ainda não tem previsão de término. De acordo com a instituição, 49,73% dos 4.303 funcionários de todo o país já paralisaram suas atividades.
Brasília, 6/10/2005 (Agência Brasil - ABr) - O ex-presidente do Instituto Brasileiro de Resseguros do Brasil (IRB), Lídio Duarte, negou hoje (6) ter pago R$ 400 mil ao PTB, a pedido de Henrique Brandão, dono da corretora de seguros Assurê e amigo do ex-deputado Roberto Jefferson.
Em depoimento na sub-relatoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, ele repetiu o que já havia dito na Policia Federal: que durante sua gestão, o IRB jamais desembolsou qualquer montante com finalidade política. Lídio Duarte declarou, no entanto, que em 2004 recebeu ligações de Jefferson, com pedidos de ajuda financeira ao PTB, mas que disse ao deputado para procurar os acionistas da empresa, a fim de obter ajuda de forma legal.
Lídio Duarte assumiu a presidência do Instituto de Resseguros do Brasil em março de 2003, por indicação do PTB. Ele permaneceu no cargo até junho deste ano, quando pediu demissão após as denúncias de corrupção no órgão.
O Instituto está sendo investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), por suspeita de realizar transações fraudulentas, como o pagamento de uma indenização de R$ 15 milhões por roubo de máquinas ocorrido na Companhia de Fiação e Tecido Guaratinguetá, segurado pela Companhia de Seguros Aliança da Bahia. A apólice de seguro no valor de R$ 18,753 milhões foi emitida em dezembro de 2004, com data retroativa a 5 de dezembro de 2003. A Aliança se negou a fazer o pagamento, realizado pelo IRB, que não ouviu previamente a Consultoria Jurídica e, depois de um acordo extrajudicial, arcou com 98,78% do total de R$ 15 milhões. A seguradora pagou 1,22%. Essa negociação ocorreu durante a presidência de Lídio Duarte, que disse desconhecer o pagamento de seguros fraudulentos.
De acordo com o sub-relator da CPMI dos Correios, deputado Carlos Willian (PMDB-MG), o TCU reconhece que a responsabilidade é da diretoria do IRB . "Não existe dúvida sobre essas improbidades dentro do IRB. Nós vamos pedir a indisponibilidade dos bens dos diretores da empresa e fazer uma perícia, porque esse dinheiro tem que ser ressarcido aos cofres públicos. Para isso, também temos que pedir imediatamente, no mínimo, a interdição dessas pessoas que estão dentro desse processo", afirmou o deputado.
O ex-presidente do IRB também informou que se encontrou com o empresário Marcos Valério apenas uma vez, por intermédio do diretor comercial do órgão, Luiz Lucena . "Ele se reuniu com um diretor, que na saída o encaminhou à minha sala, para me apresentar. Foi só uma apresentação formal", explicou Duarte, acrescentando desconhecer o que o empresário fazia lá.
"Acho isso muito estranho, mas nós vamos convocar o diretor que recebeu o empresário", disse o sub-relator.
Danielle Coimbra
Da Agência Brasil
Brasília – O líder do PDT no Senado, Jefferson Peres (AM), afirmou que, após a aprovação do Projeto de Lei (PL) de Gestão de Florestas Públicas na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal ontem (5), irá elaborar um novo projeto com três ressalvas: o nome do diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro e a aprovação de áreas com mais de 2.500 hectares deverão ser submetidas ao Senado e, ao Conselho de Defesa Nacional, deverá estar submetida a aprovação de áreas de qualquer tamanho situadas na faixa de fronteira. Peres é relator do PL na Comissão de Assuntos Econômicos.
"Com exceção do diretor geral, as outras (mudanças) já estão na Constituição, mas vários senadores manifestaram receio, alegando que se não estiver na lei não será cumprido, então para satisfazê-los vamos acrescentar", afirmou ele.
O projeto de Lei de Gestão de Florestas Públicas regulariza o uso sustentável das florestas públicas brasileiras e cria o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF).
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) estima que, em dez anos, a área máxima total sob concessão planejada seja de 13 milhões de hectares (cerca de 3% da área da Amazônia), com uma receita anual direta (taxas pagas pelo uso do recurso florestal) de R$ 187 milhões e uma arrecadação de impostos em torno de R$ 1,9 bilhões anuais. Com isso, 140 mil empregos diretos podem ser criados.
No PL, há três formas definidas de gestão das florestas públicas: criação de unidades de conservação que permitem a produção florestal sustentável, como as Florestas Nacionais; a destinação para uso comunitário, como assentamentos florestais, reservas extrativistas, áreas quilombolas e outros; e as concessões florestais pagas, baseadas em processo de licitação pública. Segundo o MMA, o mecanismo de concessão só é aplicado em uma determinada região após a definição das unidades de conservação e das áreas destinadas ao uso comunitário.
Peres prevê que a votação do PL ocorra após o feriado do dia 12.
Leia a série de reportagens:
Uma Lei para as Florestas
Lílian de Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Representantes da Confederação Nacional dos Bancários (CNB) participarão de uma reunião com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, segundo nota divulgada no site da entidade. De acordo com o texto, o grupo irá denunciar a "truculência" da Polícia Militar durante as manifestações de bancários em greve.
A assessoria de imprensa do ministério confirma o encontro, mas ainda não sabe definir a que horas a reunião ocorrerá.
Os grevistas entraram em confronto com a Polícia Militar em diversas cidades do país hoje (6), que foi o primeiro dia da greve.
Os bancos oferecem 4% de reajuste, abono de mil reais e participação nos lucros de 80% do salário mais R$ 733 fixos. Já os bancários pedem reajuste de 11,77%, salário fixo de R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido, garantia de emprego e 14º salário.