Brasil quer equilibrar intercâmbio comercial com países sul-americanos

02/01/2008 - 19h46

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em 2008, ogoverno federal buscará maior equilíbrio no fluxo comercial comos países sul-americanos. De acordo com Welber Barral, secretário deComércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior, o único país com o qual o Brasil não tem superávit éa Bolívia, devido à importação de gás.“Há uma política de maior equilíbrio nocomércio regional”, informou o secretário, ao divulgar hoje (2) o resultado da balança comercial em 2007. Segundo ele, o aumento das importações no ano passado já é resultado deste esforço do governo brasileiro no sentido dereequilibrar suas relações comerciais. Como exemplo,ele citou a evolução do intercâmbio comercial com aArgentina – as importações cresceram 28,8%, enquantoas vendas brasileiras para o país vizinho aumentaram 22,3% dejaneiro a dezembro de 2007. Ainda assim, de janeiro a novembro osuperávit brasileiro foi de US$ 3,79 bilhões. Com aChina, o Brasil pretende trabalhar no sentido inverso: investir emações de incremento das exportações. A China é o segundo maior fornecedor brasileiro e o terceiroprincipal destino de produtos produzidos no Brasil. As vendas paraesse país aumentaram 27,4% em 2007, mas as importaçõescresceram quase o dobro: 57,3%. A maior parte destas importações,segundo Barral, foi de bens de capital e insumos.“Nossatentativa, para 2008, é criar uma agenda positiva com a China,no sentido de aumentar as exportações brasileiras eaumentar os investimentos recíprocos”, informou. Barral adiantou que esses temas deverão ser discutidos em março, durante visita de missão chinesa aoBrasil. As medidas em estudo vão da promoçãode feiras e eventos na China, pela Agência Brasileira dePromoção de Exportações e Investimento(Apex), à eliminação de algumas barreiras àsexportações brasileiras, principalmente em questõessanitárias.