Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As novas diretrizes do Programa CalhaNorte vão permitir um trabalho pautado apenas nas emendas quesejam mais relacionadas aos objetivos macro do programa. A avaliação é do Ministério da Defesa que pretende dar ênfase a convênios que gerempromoção social, como construção de escolas, estradas ou usinas. “Estes tipos de obras mais simples [meios fios ou galpões] podem ser absorvidas com tranqüilidade pelas prefeituras e governos estaduais.Além disso, ações pequeninas e pulverizadas dificultam a fiscalização”,explicou o diretor do Departamento de Política e Estratégia do Ministério daDefesa, Almirante Arnon Lima Barbosa, em entrevista à Agência Brasil. Ele informou que, apenas este ano, 458 convênios jáprecisam ser fiscalizados. O militar não crê que o projeto perca recursos. Para ele, ainda há um leque de boas opçõesà escolha dos parlamentares. “Será que ajudar a fazer um centro educacional, umginásio ou ampliar sistemas de abastecimento e eletrificação não vai darretorno para a região? Não vejo porque deixarem de apostar no programa”, ponderou Barbosa.O Ministério da Defesa editou portaria que define diretrizes parapadronizar e limitar o tipo de emendas parlamentares que serão aceitas, a partir do ano quevem, no Programa Calha Norte. O objetivo, segundo o próprio ministério, é garantir um melhordirecionamento das obras do programa que tem o intuito de aumentar apresença do poder público em áreas de fronteira e cidades carentes da regiãoamazônica.