Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A ministra-chefe da Casa Civil Dilma Roussef disse na noite de hoje (5), em São Paulo, que o indiciamento do irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não significa que ele tenha cometido algum crime. “Indiciamento, como a própria palavra diz, não significa que tenha sido cometido nenhum crime. Nem no caso do irmão do presidente, nem no caso de nenhuma das outras pessoas que foram indiciadas nos últimos tempos”, afirmou a ministra.De acordo com a ministra, o governo brasileiro e o presidente Lula “têm um forte compromisso com a melhoria de suas instituições” e a Polícia Federal tem agido para “assegurar que haja um combate a todas as práticas que envolvam ou corrupção ou malversação de recursos públicos ou utilização indevida de algum processo”.“Nós acreditamos que esse processo da Polícia Federal vem a favor da democracia brasileira. Qualquer tentativa de transformar esse processo em outra coisa não tem a menor condição de sobreviver. Primeiro porque somos nós que estamos patrocinando isso e patrocinamos de uma forma completamente republicana”, disse a ministra, declarando aos jornalistas que está muito tranqüila nesse caso da Polícia Federal.Para a ministra, as investigações da Polícia Federal devem continuar e, de acordo com ela, isso “não significa eliminar das pessoas o direito sagrado de defesa”.O irmão do presidente Lula, Genival Inácio da Silva - o Vavá, foi indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de tráfico de influências e exploração. Ontem (04), durante a Operação Xeque-Mate da PF, foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa de Genival Inácio da Silva de onde foram levados documentos, embora não haja detalhes do que foi apreendido. A investigação está sob segredo de Justiça.A ministra presidiu na tarde de hoje a sessão de encerramento do Ethanol Summit, realizado no World Trade Center, na zona sul paulistana, que discutiu a questão do petróleo e do futuro da energia.