Monique Maia
Da Agência Brasil
Brasília - O DiaMundial do Meio Ambiente é comemorado hoje (5), mas no Brasil,a data relembra o quanto ainda precisa ser feito pelo patrimônioambiental. Essa é a avaliação de duasorganizações não-governamentais que lutam pelapreservação da biodiversidade de vários biomasexistentes no país.De acordo com o presidente da Rede NacionalPró-Unidades de Conservação, Ibsen de GusmãoCâmara, houve um aumento no número de unidades deconservação, principalmente, na Amazônia. Noentanto, segundo ele, algumas áreas de conservaçãoestão em situação de abandono.“As unidades foram criadas no papel e nãoforam implantadas como deveriam ser. Além disso, fora delas, adevastação avançou através dos tempos eagora isso acontece com mais intensidade”, aponta. Para ele, épreciso que o governo federal dê mais atenção aáreas da mata atlântica no Nordeste, além docerrado e do Pantanal, por causa do avanço da agricultura.A coordenadora-geral da Rede de ONGs da MataAtlântica, Elizete Siqueira, ressalta ainda que se faznecessário um programa de recuperação paragarantir e reduzir a perda de biodiversidade das unidades deconservação.Mas, na opinião da coordenadora, tambémexistem aspectos positivos a lembrar. A aprovação daLei da Mata Atlântica (11.428, de 2006) é uma delas. Anorma estabelece a proteção e a restauraçãodo bioma. “Houve um esforço razoável do governofederal, do ponto de vista de criação das áreasde conservação, mas essa lei vai possibilitar umprograma de restauração da mata”, avalia.Atualmente existem 288 áreas protegidas econservadas pelo governo federal. De acordo com oMinistério do Meio Ambiente, foram criadas 61 unidades duranteo primeiro mandato do presidente Lula. A meta do governo échegar ao final de 2010 com 90 milhões de hectares de áreasprotegidas – um território equivalente ao do estado do MatoGrosso.