Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) manteve hoje (5) a decisão de cortar o pagamento de gratificações e vantagens que ultrapassem o teto salarial de R$ 24,5 mil para os magistrados e servidores de tribunais, imposta pelo próprio CNJ. No início do ano, o Conselho havia cortado, por meio de liminar, todas as remunerações acima daquele valor. Segundo informações do CNJ, hoje foram julgados os processos sobre remuneração de magistrados e servidores dos tribunais do Acre, Rio Grande do Sul, Maranhão, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Pará, São Paulo e Rio de Janeiro. Em todos, os salários superavam o teto.Para o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Celso Luiz de Monge, que assistiu à sessão do Conselho, a decisão não surpreendeu: "Esperávamos que a liminar fosse mantida e os cortes [de salários] também".Os magistrados e servidores de tribunais que se sentirem prejudicados com a decisão do Conselho poderão recorrer, no Supremo Tribunal Federal (STF). Monge informou que alguns juízes já procuram advogados para entrar com mandado de segurança. O CNJ decidiu adiar o julgamento, também previsto para hoje, de processos relativos ao auxílio-moradia pago aos magistrados. E informou que já tramitam no Supremo três mandados de segurança questionando o corte desse benefício quando, somado ao salário, ultrapassar o limite de remuneração imposto pelo Conselho.