Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O reajuste salarial de deputados e senadores será o tema da reunião de amanhã, às 10 horas, do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), com líderes partidários. Além do reajuste, os líderes vão discutir o procedimento para votação das 12 medidas provisórias que estão trancando a pauta da Câmara.Segundo Chinaglia, os três candidatos que disputaram a presidência da Casa defenderam, durante a campanha, o reajuste. Segundo ele, o reajuste repõe a perda inflacionária dos últimos quatro anos. "Agora quem vai encarar vai ser o plenário, em dia de semana, com quórum alto", afirma. De acordo com ele, se houver possibilidade regimental, o reajuste pode ser votado nesta semana.Chinaglia considera que vão entrar em discussão amanhã, além dos reajustes dos salários a questão das verbas de gabinete e indenizatórias. O presidente da Câmara afirmou também que, na reunião de amanhã, não vão se orientar pela decisão da Comissão de Finanças. Na semana passada, a comissão aprovou três projetos de reajuste com base na inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos quatro anos, que foi de 26,49% e também a possibilidade de parte da verba indenizatória ser paga sem comprovantes.O líder do PT, Luiz Sérgio (RJ), disse que a questão do reajuste deve ser definida logo. "Nos últimos seis meses, essa é a quarta ou quinta vez que esse assunto aparece de forma desastrosa. Porque falta ao Plenário da Câmara, de maneira transparente e democrática, encerrar o debate. É preciso encarar a realidade dos fatos".Segundo ele, se a Câmara não colocar essa questão em debate, daqui a 30 dias, novamente aparecerá o assunto "de iniciativas individuais, que não refletem a média da Câmara".