Governador de Pernambuco diz que PSB não pressionará governo por cargos

23/03/2007 - 19h03

Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirmou após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o PSB tem plena confiança na forma como está sendo conduzida a reforma ministerial e, por isso, não pressionará o governo. "Não queremos criar estresse nem criar dificuldade para o presidente neste momento. O PSB não constrange o presidente Lula com nenhum pleito fechado. Nunca fomos problema para o presidente Lula, apenas solução", disse Campos, ao ser indagado pelos jornalistas se o partido assumiria a Secretaria dos Portos, caso seja criada pelo governo.Campos reiterou que o partido manterá o apoio à base de sustentação do governo, independentemente da quantidade de cargos que ocupará em ministérios. "O PSB não apóia o governo do presidente Lula por espaço, caixinha, diretoria, ministério ou comando de empresa. Não é essa a nossa relação. Nossa relação é uma relação de companheirismo que vem de muito longe. Somos companheiros do presidente Lula da época em que ele não tinha ministério nenhum para dar, quando ele foi por três vezes candidato à presidência da República. O mais importante para o PSB é participar do debate sobre a política de desenvolvimento do país", disse. Em entrevista à imprensa, o governador adiantou que Lula deverá fechar a reforma ministerial na próxima semana. E insistiu: "Podem ter certeza de que o PSB estará representado no governo do presidente Lula. Tenho absoluta tranqüilidade disso".Sobre a criação da Secretaria dos Portos, Eduardo Campos disse que o organograma do governo é de responsabilidade exclusiva do presidente Lula e que, por isso, não cabe ao PSB opinar. Mas ressalvou que, se criada, essa secretaria "não trará efeitos diretos a Pernambuco", cujos portos foram estadualizados.