Força Nacional deve ter reforço de 550 soldados e pode se tornar tropa permanente no Rio

20/03/2007 - 23h27

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O efetivo da Força Nacional de Segurança que atua no estado do Rio de Janeiro deverá receber um reforço de 550 soldados até o fim do mês, chegando a mil homens – do total de 6 mil previstos para atuar nos Jogos Pan-Americanos (13 a 29 de julho) e Parapan-Americanos (12 a 19 de agosto). Para garantir o deslocamento do novo grupo, estão sendo enviadas mais 40 viaturas, totalizando 110 veículos, segundo informações divulgadas hoje (20) pelo comandante da tropa, coronel Aurélio Ferreira. Ele também confirmou a possibilidade de os soldados atuarem diretamente em áreas de conflitos urbanos, como as favelas e morros da cidade, principalmente na zona Norte. “Vamos ter uma tropa de pronta resposta, com 600 soldados, para auxiliar as polícias Civil e Militar nas ações contra o crime organizado”, adiantou, acrescentando que os reforços chegarão de acordo com o cronograma existente. Embora parte do efetivo possa ser mobilizado para enfrentar quadrilhas de traficantes, o coronel afirmou que a missão de patrulhar as principais rotas de acesso ao Rio será mantida: “Reforçaremos as barreiras nas rodovias, juntamente com a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar”. O coronel também disse que 1.300 veículos comprados para os Jogos serão entregues nos próximos meses, divididos entre as polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal. E que até o final do mês 120 homens serão designados para patrulhar as instalações do Pan, como a Vila Olímpica e os locais de competição. O comandante da Força Nacional revelou que existe a possibilidade de se manter um grupo permantente da tropa, baseado em Brasília, pronto para atender a missões imediatas – o que não acontece hoje, pois a Força Nacional é composta de soldados de vários estados, que voltam aos quartéis de origem após o cumprimento da missão. “Se for vontade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, temos condições de manter um grupo de aproximadamente 600 homens e mulheres prontos para ações emergenciais”, disse. Existe também, segundo o militar, a possibilidade de uma parte do efetivo ficar permanentemente no Rio de Janeiro, a fim de garantir agilidade para missões em outros estados do Sudeste e também para ajudar no combate à violência. “O planejamento é que a desmobilização da tropa aconteça após os Jogos Parapan-Americanos, em agosto, mas existe a possibilidade de parte da tropa ficar no Rio, se houver pedido do governo estadual ao governo federal”, revelou Ferreira.