Chinaglia abre discussão sobre aumento salarial dos parlamentares

20/03/2007 - 22h56

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A discussão sobre o reajuste dos salários dosparlamentares foi retomada hoje (20), durante reunião do presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), comos líderes partidários. Chinaglia colocou o assunto em discussãoe pediu aos líderes que ouvissem suas bancadas sobre a matéria."Solicitei que cada líder consultasse suas bancadas sobrea reposiçãosalarial. Não foi dado prazo para que eles se posicionassem", disse. Arlindo Chinagliacontou ainda ter informado às lideranças que pretende tratar do assunto noplenário e que será votado o reajuste que "tiver que ser".Segundo ele, o assunto será também negociado com o Senado e com oPoder Executivo, para os quais não houve reajuste. A tendência, disse, é de reposição da inflação nos quatro anos em que os vencimentos dos parlamentares não foram reajustados. "Houve comentáriose acho que há unanimidade entre as bancadas. PT e PFL manifestaram de prontoque são favoráveis à reposição dasperdas inflacionáriasdo período", disse. Se os vencimentos dos parlamentares forem corrigido pelainflação, eles passarão a ganhar mais de R$ 16mil mensais. Indagado sobre osalário do presidente da República, Chinaglia afirmou que se for comparado com o salário dos deputados e senadores, e com o dos integrantes do Judiciário, "acho que ele ganha pouco".Atualmente, opresidente da República recebe R$ 8.885,48; os ministros, R$ 8.362,80; osparlamentares, R$ 12.847,20; e os ministros dos tribunais superiores,assim como os do Supremo Tribunal Federal, R$ 24.500. O líder do PFL,deputado Onyx Lorenzoni (RS), informou que a posição de sua bancada é pela reposição de inflaçãoe "nada mais". O reajuste dos saláriosdos parlamentares havia sido elevado pela Mesa anterior da Câmara,de cerca de R$ 12,8 mil para R$ 24 mil. Mas a Justiça revogou a decisão e determinou que amatéria deveria ser votada pelos plenários da Câmara e doSenado. Tradicionalmente, osvencimentos dos parlamentares, assim como os do presidente da Repúblicae dos ministros de Estado, são fixados ao final de cada legislatura, com validade para os quatro anos seguintes.