Cesta básica custou mais em 13 capitais em fevereiro, aponta Dieese

06/03/2007 - 17h48

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Pesquisa divulgada hoje (6) pelo Departamento Intersindicalde Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou que 13 das 16capitais brasileiras analisadas apresentaram alta de até 11,51% no preço dacesta básica.A alta, segundo o Dieese, foi puxada pelos preços do tomate,que subiu em 15 capitais, e do café, que registrou aumento em 13 cidades. Acarne, produto de maior peso da cesta básica, apresentou queda em fevereiro. Opreço do produto baixou em 10 capitais, com queda mais expressiva em Recife, demenos 3,44%.A queda mais significativa do preço da cesta ocorreu emPorto Alegre, menos 0,81%, seguida por Aracaju, menos 0,76%, e Florianópolis,menos 0,09%. A cesta básica mais cara voltou a ser a de São Paulo, no valor de R$185,96, uma alta de 0,67% no mês.No acumulado dos dois meses de 2007, o preço da cesta básicaapresentou elevação em 15 capitais, com o maior aumento registrado em Recife,de 12,70%. Apenas em Porto Alegre a variação acumulada foi negativa em 0,74%.Já na comparação com os últimos 12 meses, nenhuma capitalapresentou variação acumulada negativa. Recife, com 17%, e Belo Horizonte, 13,90%,registraram as maiores elevações. A menor alta se deu em Brasília, de 1,69%.Apesar da predominância de alta, segundo o Dieese houve umapequena redução no valor considerado ideal para o salário mínimo. Se em janeiroo salário mínimo deveria ser de R$ 1.565,61, em fevereiro o ideal seria de R$1.562,25, 4,4 vezes o valor do salário mínimo atual. Para o Dieese, o salário mínimo ideal deveria ser suficientepara cobrir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação,moradia, saúde, educação, vestiário, higiene, transporte, lazer e previdência.A pesquisa do Dieese apurou também que o brasileiro precisoutrabalhar, em média, 102 horas e 37 minutos em fevereiro para poder comprar umacesta básica.