Votação de diretrizes orçamentárias é adiada novamente

04/07/2005 - 22h24

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os partidos de oposição na Câmara dos Deputados vão tentar obstruir a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para que os trabalhos de investigação das supostas denúncias de corrupção nos Correios e as suspeitas do pagamento do "mensalão" a deputados não parem em julho. "Vamos obstruir a votação da LDO para aprofundar as investigações das denúncias. A não votação da LDO garante que o Congresso Nacional continue investigando em todas as instâncias", disse o líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ).

Segundo o líder, já há acordo entre todos os partidos de oposição (PFL, PSDB, PDT, PPS e PV) no sentido de obstruir a votação da LDO para garantir que o Congresso continue trabalhando no mês de julho. "Todos os partidos de oposição acreditam que não pode haver recesso neste momento e o melhor caminho é não votar a LDO", disse Maia. De acordo com o líder, o adiamento da votação da lei de Diretrizes Orçamentárias é o único instrumento constitucional que permite o funcionamento do Congresso no mês de julho sem o pagamento adicional aos parlamentares.

A votação da LDO está prevista para às 16 horas de amanhã (5) na Comissão Mista de Orçamento. A previsão é que na noite desta terça-feira, a matéria seja levada à votação no Plenário do Congresso Nacional. Se a LDO for aprovada, automaticamente o Congresso entra em recesso parlamentar até o dia 31 de julho. A LDO estabelece os paramentros para a elaboração do Orçamento Geral da União para o ano seguinte.