Crescimento econômico é melhor antídoto para pobreza, aponta Banco Mundial

29/06/2005 - 22h41

Renata Franke
Da Agência Brasil

Brasília – O ritmo do crescimento econômico é o principal fator determinante da redução da taxa de pobreza de um país. A conclusão é de um estudo realizado pelo Banco Mndial (Bird), que analisou os índices de pobreza de 14 países empobrecidos, entre eles o Brasil, na década de 90.

Os resultados do estudo mostraram que o índice de pobreza caiu nos onze países que tiveram crescimento significativo durante o período e aumentou nos três países que tiveram pouco ou nenhum crescimento. Grande parte da redução absoluta da pobreza se deu nas áreas rurais, onde mora a maioria das famílias pobres. No entanto, a queda proporcional nas taxas de pobreza foi mais significativa nas áreas urbanas, que crescem mais que as rurais.

O setor não-agrícola cresceu cinco vezes mais que o setor agrícola. Esse crescimento foi impulsionado principalmente por esforços para diminuir a inflação e reduzir desequilíbrios externos e internos, incluindo taxas de câmbio competitivas.

O estudo ainda concluiu que o crescimento econômico influiu mais na redução da taxa de pobreza de alguns países do que na de outros. Os países que desenvolveram políticas para incentivar a participação dos cidadãos pobres no crescimento econômico foram exatamente os que apresentaram maior queda nos índices de pobreza. A liberalização do comércio e os incentivos a empresas de manufatura são algumas das medidas que ajudaram a aumentar as oportunidades de emprego para trabalhadores pouco qualificados.