Brasília, 29/6/2005 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, lamentou hoje a decisão do PMDB de não integrar por inteiro a base aliada do governo no Congresso Nacional. "Creio que a consulta ao partido não evoluiu da forma que todos esperávamos. Mas acho que o importante é que as bancadas do partido na Câmara e no Senado acharam por bem manter o apoio ao governo. Ajudar na governabilidade, que é a necessidade da população e do país", disse o ministro.

"Só o voto de renovação da aliança, da unidade, do compromisso com a governabilidade já é nesse aspecto uma coisa muito importante", acrescentou.

Hoje, o presidente nacional do partido, Michel Temer (SP), encaminhou carta ao presidente Lula informando que ouviu governadores, diretórios estaduais, bancadas na Câmara e no Senado para então responder ao convite que o PMDB recebeu para participar por inteiro do governo. "Deles obtive resposta reveladora de dois pontos: por unanimidade, apoio integral à governabilidade, significando dizer que o PMDB não praticará nenhum ato que importe agravamento de qualquer crise política; dividido, uma parcela expressiva do PMDB registra não desejar cargos para cumprir essa tarefa", disse Temer na carta ao presidente Lula.

Em outro trecho da carta, o deputado Michel Temer afirma que a responsabildade do PMDB com o país implica conduta preservadora das instituições, sem a contrapartida de ocupação de cargos. "Assim, o quadro partidário não me permite afirmar-lhe que o partido estará inteiramente unido, nos termos propostos por Vossa Excelência", diz a carta.