Brasília, 14/6/2005 (Agência Brasil - ABr) - Enquanto o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara tomava o depoimento do presidente nacional do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e da Força Sindical, entre outras entidades, entregavam aos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), um manifesto público contra a corrupção.

"A corrupção gera um efeito danoso e irreparável ao interesse público e à imagem do Brasil e precisa ser neutralizada com uma ampla e profunda investigação para inventariar seus danos e autores, responsabilizando-os, civil e criminalmente, dentro do devido processo legal", afirma o manifesto. As entidades que assinam o documento afirmam que é fundamental apurar no âmbito de uma comissão parlamentar de inqüérito todas as denúncias formuladas.

Os representantes das entidade de classe afirmam, ainda, temer que a crise política gere "ingovernabilidade, esgarce o tecido social, trazendo turbulência à nossa economia e tumultuando a vida da sociedade brasileira, com graves repercussões para a normalidade jurídica e o Estado Democrático de Direito".

Segundo o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, "é preciso dar um basta à corrupção, exigindo-se ética, e apurar todas as denúncias que maculam as instituições". Ele informou que as entidades que assinam o manifesto manterão um vigília cívica contra a corrupção, "exigindo ética na política".