Rio, 18/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - O Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase, do Ministério da Saúde, trabalha com a meta de reduzir, até o final deste ano, a menos de 18 mil o número de pessoas com a doença no país. Com isso, o Brasil deverá alcançar o índice considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de um caso para cada grupo de 10 mil habitantes. Atualmente, há cerca de 30 mil pessoas em tratamento no país.
"A idéia é concentrar esforços para que até dezembro a gente consiga cumprir o que o Brasil assumiu no começo dos anos 90", lembrou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. "Mas nós queremos ir além: 18 mil pessoas com hanseníase ainda é muito. Queremos cumprir o compromisso internacional, mas queremos ir adiante", acrescentou.
A maior incidência da doença está nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. "A média brasileira é de 1,5 casos para cada 10 mil habitantes, mas em algumas regiões ainda há uma prevalência de até seis casos", informou Barbosa.
Segundo a coordenadora do programa, Rosa Castalia Soares, apenas 206 municípios brasileiros concentram 70% dos casos da doença no país. São os chamados municípios prioritários, que devem receber atenção especial do programa neste ano. No Rio de Janeiro, Nova Iguaçu e Duque de Caxias estão entre eles. Ela destacou que outro foco de atuação deverá ser o combate à hanseníase em crianças. "São cerca de 3 mil portadoras no país", informou.
Entre as ações do programa em 2005 estão ainda a capacitação de até 10 mil profissionais de saúde, o investimento em publicidade, a regularização da distribuição de medicamentos e a descentralização de verbas.