Caged aponta geração de mais de 2,1 milhões de empregos em dois anos

14/01/2005 - 20h03

Brasília, 14/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - Nos dois anos de Governo Lula foram gerados no país 2.168.709 empregos, número quase três vezes maior que o registrado nos oito anos do governo anterior. A meta era criar 1,8 milhão de empregos só em 2004, mas conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram gerados 1.523.276 postos de trabalho, número recorde desde a criação do indicador, em 1992.

Entre 1995 e 1998, houve redução de 1.018.121 postos de trabalho. Entre 1999 e 2002, foram criados 1.815.088 empregos. O saldo real dos oito anos do governo anterior ficou em 796.967 vagas, de acordo com os dados apresentados em entrevista coletiva pelo secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego, Alencar Ferreira.

O mês de dezembro apresenta historicamente queda no saldo de empregos, segundo o Caged, basicamente por causa da entressafra agrícola, da queda de demanda na indústria e do fim do período de empregos temporários no setor de ensino, encerrado o ano letivo. Dezembro de 2004 teve queda de 1,4% no número de empregos com carteira assinada, comparado a novembro – foram eliminadas 352.093 vagas. Somente o setor do comércio registrou naquele mês saldo positivo no emprego formal, com 10.911 novos postos de trabalho. Na indústria de transformação houve queda de 111.737 empregos e no setor agrícola o saldo negativo foi o maior, com o encerramento de 125.524 vagas. O setor de serviços registrou menos 66.281 empregos com o fim do ano letivo.

O secretário-executivo informou que em 2004 os maiores destaques na geração de emprego foram os setores da indústria de transformação, da construção civil, de serviços e da agricultura. E lembrou que no Brasil é preciso gerar, todo ano, 1,9 milhão de empregos para a juventude que está ingressando no mercado de trabalho.

Para Alencar Ferreira, os dados sobre os mercados interno e externo apontam para taxa de emprego em alta em 2005. O aumento do salário mínimo a partir de maio, segundo ele, injetará mais dinheiro na economia: 31 milhões de trabalhadores estão na faixa dos R$ 300 e deverá crescer o consumo de bens semiduráveis e não-duráveis.