Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Passado o segundo turno das eleições municipais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende convidar os governadores para uma reunião e tentar por fim à guerra fiscal entre estados. O anúncio foi feito pelo próprio presidente hoje a empresários paranaenses na Associação do Comércio do Paraná.
No primeiro semestre do ano passado, o presidente Lula montou o esboço da proposta de reforma tributária encaminhada ao Congresso Nacional a partir de reuniões com os governadores. "Nós temos um problema na política tributária que são alguns governadores que querem continuar fazendo a guerra fiscal, que não querem aprovar a reforma tributária pertinente aos estados. Eu, agora depois das eleições, deverei chamar os governadores que não querem a guerra fiscal - o governador Requião (Paraná) é um - para que a gente possa convencer os demais e fazer uma política justa que não fiquem estados oferecendo o que não oferecem nem para o seu povo para que uma empresa vá para o seu estado", anunciou o presidente.
Parte da reforma tributária está parada na Câmara dos Deputados por pressão dos governadores que não se entendem sobre a unificação das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Lula ressaltou que, ao se juntar com os 27 governadores, no ano passado, o objetivo era traçar "um padrão mínimo de uma política tributária". No entanto, destacou que as mudanças no texto original promovidas pelo parlamento têm que ser respeitadas, uma vez que "o Congresso é a representação democrática da sociedade e não depende da vontade da gente gostar ou não o que eles votam".