Andréia Araújo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, comemorou o acordo firmado nessa segunda feira (18) entre o Mercosul e a Comunidade Andina de Nações (CAN), durante a 13ª Reunião do Conselho de Ministros da Associação Latinoamericana de Integração (Aladi), que acontece em Montevidéu, no Uruguai. Para Amorim, essa foi "a conquista de um sonho de dez anos", que vai "promover a integração da América Latina", tanto para o livre comércio, mas também na promoção de investimento e de ações de cooperação tecnológica e científica.
O acordo pretende criar um espaço de livre comércio entre os dois blocos, à semelhança do que o Mercosul já estabeleceu com o Chile e a Bolívia. Com a integração comercial entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai (países membros do Mercosul) e Colômbia, Equador e Venezuela (da Comunidade Andina), haverá por exemplo um processo gradual para redução de tarifas entre os países.
Para Amorim, este acordo respeitou a diferenças entre os países. "Isso pode ser, a meu ver, um exemplo e um modelo para os países que estão em negociação ou em grupos que estão em negociação fora da região, do qual se cale como plataforma mínima para suas negociações", ressaltou.
O ministro brasileiro destacou ainda que se esse acordo tivesse sido firmado há quatro anos, por exemplo, teria "tido muito melhores condições de negociar" com outros blocos como a União Européia e a Alca (Área de Livre Comércio das Américas). "Quanto mais unidos estivermos, como foi dito hoje pelo ministro Rafael Bielsa, ministro das Relações Exteriores da Argentina, mais fortes estaremos também para a negociação internacional", disse.
Em entrevista coletiva em Montividéu, o ministro avaliou que a integração dos países do Mercosul nos últimos 18 meses demostrou "unidade nas negociações internas". "Creio que agora começamos a avançar em alguns setores entre nós - como serviços e compras governamentais. É um absurdo que já possamos negociar na Alca alguns desse temas, ou negociar com a União Européia e não possamos negociar entre nós", disse.
Com informações do Ministério das Relações Exteriores