Polícia ouve mais um depoimento sobre execução de moradores de rua em SP

01/10/2004 - 19h51

Arthur Braga
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O depoimento do guarda civil metropolitano, Pedro Paulo Barbosa da Silva, nesta sexta-feira no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), foi importante, de acordo com Hédio Silva Júnior, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), já que "trouxe informações importantes para o inquérito que investiga as mortes dos moradores de rua".

O guarda civil foi chamado para prestar esclarecimentos porque trabalha na região central da cidade há doze anos. No depoimento, ele apresentou informações para o delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira, responsável pelas investigações, que comprovam que não esteve nos dias e locais dos ataques contra moradores de rua ocorridos nos dias 19 e 22 de agosto, que deixaram sete mortos e oito feridos.

O segurança Manoel Alves Tenório, tio do guarda civil, foi solto por determinação da Justiça, nesta quinta-feira. A testemunha que teria reconhecido o segurança disse ter se confundido.

Os soldados da Polícia Militar Jayner Aurélio Porfírio e Marcos Martins Garcia, e outro segurança preso na última sexta-feira, dia 24, que não teve seu nome revelado, continuam em prisão temporária. Silva Júnior adiantou que novas prisões deverão ser feitas nos próximos dias e que outros suspeitos estão sendo investigados pela Polícia Civil.